Redação –
Coordenador da temática de vacina contra a covid-19 no Fórum Nacional de Governadores, o chefe do Executivo do Piauí, Wellington Dias, disse que o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, confirmou uma reunião com os governadores na próxima quinta-feira (20/5) para discutir o cronograma de entrega de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O IFA é a matéria-prima necessária para produção de vacinas, e a China tem demorado a autorizar a exportação dos produtos ao Brasil.
VACINA SINOPHARM – Segundo Dias, a intenção é tratar também sobre a importação de 30 milhões de doses da Sinopharm, vacina chinesa que o Ministério da Saúde tem pleiteado desde março. O governador tentava a reunião com o embaixador há mais de 10 dias.
Em nota, ele destaca que, no encontro, querem reafirmar o respeito ao povo chinês e à China, “bem como a gratidão pelo fornecimento de vacinas ao Brasil”.
Há meses, o Brasil enfrenta dificuldade de importação dos insumos da China devido a trâmites na liberação do produto pelo governo do país asiático. Ainda em janeiro, houve problemas para a importação de matéria-prima para produção de vacina.
NÃO É RETALIAÇÃO – O governo brasileiro sempre negou que houvesse um impasse político e diplomático. O próprio embaixador chinês, Wanming, já negou, mais de uma vez, que a demora seja uma retaliação ao Brasil, ou um problema diplomático.
Apesar disso, na última sexta-feira, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez um apelo às autoridades chinesas. “Os brasileiros não pensam como o presidente da República do Brasil. Os brasileiros continuam agradecendo a China por ajudar a salvar vidas no nosso país”, disse.
Apesar das negativas de que seja uma questão diplomática, as dificuldades de importação acontecem em um cenário no qual o governo chinês é constantemente criticado por integrantes do governo brasileiro e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. No último dia 5, o mandatário insinuou que a China pode ter criado o novo coronavírus como arma para uma guerra química.
Fonte: Correio Braziliense
MAZOLA
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