Por Indianara Siqueira –
17 de Maio, Dia Internacional de Combate a LGBTIfobia.
Em 1990 no dia 17 de maio marcou a retirada da homossexualidade como patologia, a data entrou então para o calendário mundial das ONGS e comunidade LGBTIA+ como um dia internacional de luta e por conseguinte dia internacional de combate a homofobia.
Como nada é 100%, travestis e transexuais continuaram por 28 anos a serem patologizades onde somente em 21 de maio de 2018 a Organização Mundial da Saúde (OMS) também despatologizou as identidades trans/travesti.
Então na realidade de 15 a 21 de maio no Brasil são datas a serem comemoradas como de orgulho ou de luta.
Assim 15 de maio é dia do orgulho nacional de ser trans/travestis, 17 de maio é o dia internacional de luta contra a homofobia, 21 de maio deve considerado dia internacional de combate a transfobia.
Por isso as pautas identitárias precisam ser consideradas juntas. Nada de priorizar umas desconsiderando outras pra que não aconteça o que aconteceu em 17 de maio 1990.
Isso para que não se leve outra vez 28 anos pra que outras identidades não cisgênera venham a serem despatologizadas.
Nós, travestis e transexuais nesse país vivemos como se fossemos ETs em um mundo onde não temos nossos direitos respeitados.
Onde não existimos como boas referências e sim como algo que não se pode ser.
Desde nossa infância, adolescência e fase adulta, não somos considerados como sujeitos até mesmo pra comunidade LGBTIA+.
Estamos vivendo momentos de retrocesso e é a comunidade LGBTIA+ a que mais sofre esses retrocessos, e que mais é atacada.
O Brasil que mais elege LGBTIA+ como em 2020 não pode continuar a ser o país que mais mata.
17 de Maio, Dia Internacional de Combate a LGBTIFOBIA.
QUE NINGUÉM MAIS FIQUE PARA TRÁS.
INDIANARA SIQUEIRA – TransVestiAgenere, pute, ateie, vegane, presidente do Grupo Transrevolução-RJ, da REBRACA LGBTIA+, coordenadora do PreparaNem, Casa Nem Abrigo LGBTIA+, Rede Brasileira de Prostitutas, Fórum TT RJ e Coletivo Davida.
SIRO DARLAN – Juiz de Segundo Grau do TJRJ, Mestre em Saúde Pública e Direitos Humanos, membro da Associação Juízes para a Democracia, conselheiro Benemérito do Clube de Regatas do Flamengo, conselheiro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa, colunista e membro do Conselho Editorial do jornal Tribuna da imprensa Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
MAZOLA
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