Redação

Seis times ingleses anunciaram nesta 3ª feira (20.abr.2021) que desistiram de participar da Superliga europeia de clubes. Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham foram pressionados pelos respectivos torcedores em protestos nas redes sociais e fora dos estádios.

Com o abandono dos ingleses, restam 6 times no projeto de US$ 4,8 bilhões (R$ 26,7 bilhões) financiado pelo banco norte-americano JPMorgan. Os remanescentes são: Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid (Espanha) e Internazionale, Juventus e Milan (Itália).

O Chelsea, o último clube inglês a se desligar do projeto, informou a desistência depois de partida nesta 3ª feira (20.abr) pelo campeonato inglês. Do lado de fora do estádio Stanford Bridge, fãs dos Blues criticaram a tentativa de “elitização” do futebol.

“Ao ouvir vocês [torcedores] e a comunidade do futebol em geral nos últimos dias, estamos saindo da proposta da Superliga. Cometemos um erro e pedimos desculpas por isso”, disse o Arsenal.

“O Liverpool Football Club confirma que nosso envolvimento nos planos propostos para formar uma Superliga Europeia foi descontinuado”, disse a equipe da cidade dos Beatles.

O Manchester City publicou o link nota onde esclarece os motivos para deixar o projeto.

O Chelsea fez o mesmo.

“Não participaremos da Super Liga Europeia”, informou o lado vermelho de Manchester.

“Podemos confirmar que iniciamos formalmente os procedimentos de retirada do grupo de desenvolvimento de propostas para uma Superliga Europeia”, declarou o Tottenham.

Sem o conhecido Big Six britânico, a tendência é que a liga perca ainda mais força, possivelmente sendo cancelada. A iniciativa reúne 12 equipes fundadoras e mais 3 vagas fixas, além de 5 clubes rotativos que se classificaram anualmente.

A iniciativa já nasceu com polêmicas. A maioria dos torcedores das equipes envolvidas e das relegadas criticou a intenção de uma competição com os clubes mais ricos e sem possibilidade de rebaixamento. A pressão dos fãs deve afastar os espanhóis e italianos, interrompendo a Superliga, que começaria no 2º semestre de 2022.

Além da arquibancada, a esfera política também pesa. A Fifa (federação internacional) e a Uefa (europeia) ameaçaram as equipes participantes de exclusão das competições organizadas pelas mesmas. Além disso, havia a possibilidade de barrar os jogadores destes clubes de serem convocados para suas seleções nacionais, não podendo participar da Copa do Mundo, por exemplo.


Fonte: Poder360