Por Brunno Guedes

Muitos apreciadores acreditam que o vinho italiano é um dos mais difíceis de se compreenderem, pois além de utilizarem um sistema de rotulagem das garrafas parecido com o dos franceses (DOC), existem cerca de 350 uvas autóctones mais as estrangeiras.

No mapa abaixo, você vai entender as regiões vinícolas italianas e a grande variedade de uvas que fazem da “Grande Bota” uma das maiores produtoras de vinhos do mundo.

Itália está dividida em 20 regiões vitivinícolas: Valle d’Aosta, Piemonte, Liguria, Lombardia, Trentino-Alto Adige, Veneto, Friuli-Venezia Giulia, Emilia-Romagna, Toscana, Umbria, Marche, Abruzzo, Molise, Lazio, Campania, Puglia, Basilicata, Calabria, Sicilia e Sardegna. Cada região tem seus vinhos locais e uvas típicas.

Esta semana tive o prazer de degustar dois rótulos que gostaria de compartilhar aqui com vocês: Corbelli Nero D’Avola e Corbelli Montepulciano d’Abruzzo D.O.C. A linha tem a proposta de agradar não apenas o público jovem degustador como também os mais experientes.

Vamos aos vinhos

Corbelli Nero D’Avola

País/região: Itália – Sicília

Álcool: 13%

Safra: 2018

Visual: Vermelho ruby vivo com boa formação de lágrimas.

Aroma: Frutas vermelhas maduras com notas de rosas ao fundo.

Boca: Seco com boa acidez e taninos redondos.

Harmonize com pizzas e massas ao molho de tomate ou risoto de cogumelo.

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Corbelli Montepulcianno d’Abruzzo

País/região: Itália – Abruzzo

Álcool: 12%

Safra 2018

Visual: Ruby intenso.

Aroma: Frutas vermelhas maduras com notas de rosas e especiarias.

Boca: Seco com nota de alcatrão.

Harmonize com massas e risoto de grana. Também vai com churrasco, o que o torna bem versátil.

São rótulos que chegaram há pouco tempo no Brasil. A família Castellani produz há mais de 150 anos vinhos únicos, de alta qualidade e tipicidade.

Piergiorgio Castellani, bisneto do fundador da Tenuta, acreditava que os melhores vinhos sairiam das mãos daqueles que cultivavam videiras manualmente e teve muito receio quando as grandes máquinas chegaram aos vinhedos. Alfredo, o patriarca, já era um conhecido produtor e comerciante de vinhos local. Em 1903, com a fundação oficial da empresa, seus filhos, Duilio e Mario, deram início à expansão dos negócios. A partir daí, geração após geração, a família passou a se consolidar como um dos principais nomes da vitivinicultura da Toscana.

Hoje, sob a batuta de Piergiorgio, a Castellani possui seis propriedades na região, além de controlar uma série de marcas, vinícolas e vinhedos nas principais áreas produtoras do centro-sul da Itália.

 

Onde encontrar esses vinhos na cidade do Rio de Janeiro?

 

Até a próxima semana! Dúvidas? Fale com o sommelier!


BRUNNO GUEDES é sommelier master, empresário e Ceo da VinoArt©. Formado pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS/RJ), possui o nível I da International Sommelier Guild, uma das mais respeitadas escolas de sommeliers do mundo, além do certificado IBRAVIN – Qualidade na taça 2015. Lecionou no Senac do Rio de Janeiro, foi consultor do Empório Cadeg, é colunista especializado em vinhos do jornal Tribuna da Imprensa Livre e já conta com mais de 15 anos de experiência no mercado.