Redação –
Parlamentar, eleito com 155 mil votos, tem criticado publicamente o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Frota se absteve no 2º turno da votação da reforma da Previdência (PEC 6/19), aprovada em 2 turnos no plenário da Câmara dos Deputados. Com 54 deputados e deputadas, a bancada partidária, agora ficará atrás do PT, que também elegeu 54 deputados e deputadas.
O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, decidiu, por unanimidade, nesta terça-feira (13) expulsar o deputado Alexandre Frota (SP). A decisão foi tomada após reunião da sigla em Brasília e anunciada pelo presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE).
O pedido de expulsão de Frota, aprovado por 9 votos, partiu da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que declarou recentemente ao jornal “O Globo” que a situação do parlamentar no partido era “insustentável”.
A expulsão não acarretará na perda do mandato de Frota, que poderá permanecer como deputado em outra sigla.
Nos últimos dias, Frota passou a criticar publicamente o governo e o presidente, e chegou a declarar que estava decepcionado com Bolsonaro e com a falta de articulação do presidente com os parlamentares.
Em mais de uma ocasião, o parlamentar criticou, por exemplo, a iminente nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
Um dos principais articuladores do PSL na votação da reforma da Previdência na Câmara, Alexandre Frota decidiu se abster na análise da proposta em 2º turno, contrariando a orientação do partido, depois de ter sido retirado da vice-liderança do partido na Câmara e do comando de 3 diretórios municipais a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
“Eu acredito que o Bolsonaro tenha pedido isso porque disse que estava decepcionado com ele, que não achava que a indicação do Eduardo como embaixador era a mais correta. Fui surpreendido com essas mudanças”, disse Frota na última quarta-feira (7).
Segundo Bivar, Frota entrou em “desalinhamento” com o partido pelas “ofensas” que fez recentemente a integrantes do PSL.
“Já estávamos em cima das declarações dele que haviam ocorrido em relação aos fatos negativos, que eu não vou repetir aqui, no que diz respeito ao presidente da república, no que diz respeito aos companheiros parlamentares, com respeito à avaliação que ele fazia do governo. Então, achamos e não concordamos com aqueles argumentos dele”, afirmou Bivar.
Outro desafeto público de Frota, o senador Major Olímpio (PSL-SP), um dos principais nomes da sigla, afirmou ao deixar a reunião que estava “satisfeito com o partido”, após a decisão. (fonte: DIAP e G1)
MAZOLA
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