Redação

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes permitiu nesta 4ª feira (15.jul.2020) que a Polícia Federal acesse os dados coletados na investigação feita pelo Facebook em contas ligadas a gabinetes da família Bolsonaro.

A PF solicitou urgência na liberação, para que os envolvidos não possam apagar os dados.

Facebook excluiu em 8 de julho, 88 contas e páginas que seriam ligadas a funcionários do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos, Flávio e Eduardo. Um assessor direto do presidente, Tercio Arnaud Tomaz (ex-assessor de Carlos Bolsonaro) foi apontado como 1 dos responsáveis pela administração de algumas dessas páginas.

A plataforma removeu 35 contas, 14 Páginas, 1 grupo no Facebook, e 38 contas no Instagram. US$ 1.500 teriam sido gastos em anúncios por essas páginas. Cerca de 883 mil pessoas seguiam uma ou mais dessas páginas no Facebook.

A decisão de Moraes serve para eventuais provas tanto dentro do inquérito das fake news como o que investiga manifestações com pautas que pedem o fechamento do Supremo e do Congresso. Os 2 processos são conduzidos pelo ministro mais novo do STF.

A apuração também pode desaguar em inquéritos que tramitam no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão. O relator de duas das ações, ministro Og Fernandes, já solicitou a Alexandre de Moraes o compartilhamento de informações do inquérito das fake news. Moraes, entretanto, pediu que Og aguarde o andamento das perícias da PF.

INVESTIGAÇÃO

A rede social informou que as contas agiam desde a campanha eleitoral de 2018 sem informar a verdadeira identidade dos administradores –o que viola a política interna da rede social.

Eis abaixo organograma (em inglês) formulado pelos investigadores:


Fonte: Poder360