Redação

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro João Otávio de Noronha, suspendeu nesta 6ª feira (10.jul.2020) depoimento que seria prestado pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), no inquérito sobre supostas fraudes na área da saúde do Estado.

Witzel chegou a ir até a sede do MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro para depor. Mas saiu logo que foi informado da decisão de Noronha.

A determinação se deu em atenção a pedido dos advogados de defesa do mandatário. Pediram acesso aos documentos do processo. O caso está em segredo de Justiça.

As autoridades apuram superfaturamentos na compra de respiradores e contratação da organização Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) para a construção de hospitais de campanha em decorrência da pandemia.

RIO PRESO

Witzel ganhou tempo para que seus advogados estudem melhor o inquérito. O governador, entretanto, ainda continua numa situação embaraçosa. Terá de se explicar em acusação do MPF de que ele teria tentado blindar seu ex-secretário de Saúde Edmar Santos –preso nesta 6ª feira (10.jul.2020).

Cumprida na residência de Edmar Santos em Botafogo, na zona sul do Rio, a prisão foi 1 novo desdobramento da operação Mercadores do Caos, que também cumpriu mandados de busca e apreensão na outra casa do ex-secretário em Itaipava, na Região Serrana.

Eis a íntegra (111 KB) do requerimento de prisão feito pelos procuradores.

O MPF obteve autorização da Justiça para acessar e extração do conteúdo armazenado nos materiais apreendidos, como telefones celulares, computadores e pen drives, inclusive de registros de diálogos telefônicos ou telemáticos, como mensagens SMS ou de aplicativos como WhatsApp, dentre outros.

Witzel demitiu Edmar Santos da Secretaria de Saúde em 17 de maio, em meio a escândalos em série nas contratações emergenciais. No dia seguinte, o governador o colocou em novo cargo no 1º escalão. Essa atitude, segundo o MPF, caracterizou a tentativa de “blindagem”.


Fonte: Poder360