Redação –
Depois da segunda troca no comando do Ministério da Saúde em meio à pandemia do coronavírus, a bolsa de apostas para o novo ministro inclui o nome de um general de divisão que já está na pasta e de uma médica que defende o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate à covid-19.
O Congresso em Foco ouviu pessoas próximas do governo e deputados da área da Saúde e os nomes mais cotados para substituir Nelson Teich são o general Eduardo Pazuello, atual secretário-executivo, e a médica oncologista Nise Yamaguchi.
No momento o nome com mais força para assumir a função é do general, o que completaria o processo de domínio das Forças Armadas na área. Pazuello agrada a ala militar do governo e é o sucessor natural de Teich, visto que é o número dois do ministério.
Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984, Pazuello coordenou a Operação Acolhida, responsável por refugiados da Venezuela no Brasil, e comandou a 12ª Região Militar, no Amazonas. De formação militar, Pazuello não tem relação com a medicina e foi colocado na pasta por indicação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Pazuello assumiu o cargo num contexto de tutela do então ministro Teich. Ele nomeou militares para os vários escalões do órgão, em uma espécie de intervenção militar na gestão.
Defensora da cloroquina
A médica Nise Yamaguchi vem em seguida nas cotações. Nise é oncologista e imunologista do Hospital Albert Einstein e notória defensora do uso da cloroquina no tratamento de pacientes com covid-19. Seu nome também foi cotado para assumir o cargo quando Luiz Henrique Mandetta saiu.
Após participar de cerimônia no Planalto, na manhã desta sexta, a médica se reuniu com presidente Jair Bolsonaro fora da agenda.
O deputado Osmar Terra (MDB-RS), outro cotado para assumir a pasta após a demissão de Mandetta, volta ser apontado para a função, mas com menos força do que Pazuello e Nise. O gaúcho é médico com especialização em saúde perinatal e aliado político do presidente Bolsonaro. Ele foi ministro da Cidadania e, depois que deixou o posto para reacomodação de Onyx Lorenzoni, Terra chegou a ser cotado para a liderança do governo.
Grande parte dos especialistas da área da saúde temem pela ida de Terra para o ministério. O deputado tem propagado as ideias anticientíficas sobre o coronavírus e defende o isolamento apenas de idosos e pessoas com doenças preexistentes (o chamado grupo de risco).
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Fonte: Congresso em Foco
MAZOLA
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