Por Emanuel Cancella

Alexandre, o Grande  (356-323 a.C.), ficou conhecido pelo vasto império que conquistou. Alexandre também era exímio em corromper o mundo político que queria dominar. “Nenhum muro de cidade resiste, ou nenhum portão de cidade permanece fechado, diante de um burro carregado de ouro” (2).

O problema é que o presidente do BC, Campos Neto, não tem um burro, tem uma manada carregada de ouro.

Lembrando que “Em três meses, Banco Central de campos Neto comprou a maior quantidade de ouro dos últimos vinte anos, dezenas de toneladas (3)”. Fez isso em sigilo, ignorando a Lei de Acesso à Informação, no ano de 2021 (3).

Entre 2015 e 2020, o total de ouro com indícios de ilegalidade comercializado no Brasil foi de 229 toneladas (4). Isso foi o registrado, deve ter sido muito mais.

Álvaro Gribel do Globo, em 27/01/23, publicou: “Seis meses depois de o STF questionar o Banco Central, pasmem!, não foi criado nenhum grupo de trabalho para combater ouro ilegal (5)”.

Além do ouro de origem ilegal, Campos Neto mantém juros, cuja taxa real é a mais alta do mundo. Com isso favorece os ricos, contrariando Lula, presidente eleito, que quer colocar os pobres no Orçamento (6).

O PGR Augusto Aras,  assim como Campos Neto,  ambos foram indicado em seus cargos por Bolsonaro.

Esse mesmo PGR, augusto, Aras já arquivou 104 pedidos de investigação contra Bolsonaro vindos do STF (7), agora abre investigação preliminar sobre Paulo Guedes e Campos Neto (8). Dá para confiar?

Paulo Guedes e Campos Neto, integrantes do Governo Bolsonaro, mantêm contas no exterior, apesar da importância de seus cargos, o que pode configurar conflito de interesses (8). Até porque Campos Neto assinou uma resolução que dispensa os contribuintes de declararem ao Banco Central os seus ativos no exterior em contas em paraíso fiscal, valores inferiores a um milhão de dólares (8). A quem Campos Neto quer proteger?

Moro prendeu Lula sem provas, elegendo Bolsonaro. E agora o golpe é o presidente do BC, Campos Neto, indicado por Bolsonaro, com os juros mais alto do mundo.

Fonte:

2 – https://www.recantodasletras.com.br/artigos/2094183

3 –  https://www.bpmoney.com.br/noticias/economia/banco-central-do-brasil-nao-revelou-compra-de-toneladas-de-ouro

4 – https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-01/maioria-do-ouro-vendido-no-pais-em-2021-tinha-indicio-de-ilegalidade

5 – https://oglobo.globo.com/economia/alvaro-gribel/post/2023/01/seis-meses-depois-banco-central-nao-criou-grupo-de-trabalho-para-combater-o-ouro-ilegal.ghtml  

6 – https://veja.abril.com.br/economia/brasil-e-o-pais-com-maiores-juros-reais-do-mundo/

7 – https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/07/30/sob-aras-pgr-arquivou-mais-de-80-pedidos-de-investigacao-contra-bolsonaro.htm

8 – http://www.jdia.com.br/ver_noticia.php?noticia_id=17398

9 – https://brasil.elpais.com/pandora-papers/2021-10-03/ministro-paulo-guedes-e-presidente-do-banco-central-roberto-campos-neto-sao-donos-de-offshore.html

EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.

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