Redação

Trata-se do centro de acusações de Moro; Não estava entre indicados de Bolsonaro.

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, escolheu nesta 4ª feira (6.mai.2020) o delegado Tácio Muzzi para chefiar a superintendência do Rio de Janeiro. É o 2º cargo mais importante da corporação. Muzzi irá substituir Carlos Henrique Oliveira.

A superintendência do Rio está no centro das acusações contra o presidente Jair Bolsonaro feitas pelo ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) ao deixar o cargo. De acordo com Moro, o presidente queria alguém de sua confiança no comando do órgão para interferir politicamente na PF. O nome do policial não estava entre os indicados de Jair Bolsonaro.

Em depoimento, o ex-ministro disse que Bolsonaro também pediu a substituição do superintendente da corporação no Rio. Em uma ocasião, o presidente teria dito: “Moro, você tem 27 superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro”. Assim foi feito. Ricardo Saad foi substituído por Carlos Henrique. Moro disse que “só concordou com a substituição porque Carlos Henrique foi uma escolha da PF”.

Rolando de Souza já realizou ao menos duas trocas de superintendentes da corporação nos Estados desde que assumiu o cargo na última 6ª feira (4.mai.2020).

CURRÍCULO

Tácio Muzzi trabalha na Polícia Federal desde 2003. Trabalhou em investigações como operação Gladiador, que terminou na prisão do deputado estadual e ex-chefe da Polícia Civil do Rio Álvaro Lins. Na operação Lava Jato, chefiou a equipe da PF de combate à corrupção.

Fora da PF, o delegado foi diretor do Depen (Departamento de Penitenciária Nacional), diretor-adjunto do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) e chefe da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros.


Fonte: Poder360