Redação –
Após pouco mais de duas semanas afastado do trabalho para se recuperar da infecção pelo novo coronavírus, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) será voluntário em um estudo sobre o tratamento da doença. O amapaense, que foi diagnosticado no dia 18 de março, voltou ao trabalho no início desta semana reforçando que não se trata de uma simples gripe e relatou ter vivido dias difíceis durante o isolamento.
Por ter se recuperado da doença e não ter sido entubado ou internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Alcolumbre se enquadrou nos requisitos para doar plasma sanguíneo para ser usado no estudo que foi autorizado no fim da semana passada em um consórcio entre os hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein e o Hospital das Clínicas de São Paulo.
OBSERVAÇÃO – Ele continuará a ser observado pelos médicos durante o estudo, especialmente para detectar possíveis sequelas nos pulmões, o que alguns pacientes recuperados apresentam.
O plasma, que é um componente do sangue que transporta os anticorpos que o corpo precisa para lutar contra infecções, será aplicado em pacientes com quadros graves da doença na expectativa de que eles se recuperem mais rapidamente. Nos Estados Unidos e na China, o tratamento experimental já começou e demonstrou eficiência no país asiático.
NO ISOLAMENTO – Alcolumbre foi um dos primeiros parlamentares a testar positivo para a Covid-19 e chegou a passar uma noite no Sírio-Libanês de Brasília, com dificuldades para respirar. O presidente do Senado teve um primeiro diagnóstico negativo, mas ao começar a sentir os sintomas, logo se isolou e realizou um novo teste, que indicou a contaminação.
Durante o isolamento, Alcolumbre perdeu o apetite e chegou a perder cerca de 9 kg durante o período de 20 dias. Além da constante tosse que o impedia de comer e causava vômitos, dores de cabeça também foram frequentes durante o momento mais agudo da doença.
NOVA ROTINA – Recuperado, o senador mudou a rotina. Apesar de não beber ou fumar, o amapaense não mantinha hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada. Agora, segundo pessoas próximas, o senador come frutas com mais frequência e tem procurado aproximar sua rotina das recomendações de especialistas.
O interesse em pesquisas e estudos médicos também aumentou e Alcolumbre tem mantido contato frequente com médicos e pesquisadores. Além dos fortes sintomas que reforçaram a preocupação com a conscientização sobre a doença, o presidente do Senado também sentiu o peso do distanciamento das pessoas mais próximas, especialmente de seu círculo familiar.
Enquanto esteve isolado, recebia desenhos dos filhos pequenos, de três e cinco anos, junto com as refeições e remédios para dor de cabeça e febre.
Fonte: O Globo
MAZOLA
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