Redação

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse nesta quinta-feira (2) que a interação no Twitter entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-presidente Lula (PT) tem caráter humanitário e mostra que a gravidade da crise do coronavírus exige que se deixem de lado as divergências políticas e partidárias. “O esforço de todos nessa hora é humanitário”. A troca de gentilezas entre os dois foi o mais comentado na rede durante boa parte do dia.

O tema foi impulsionado por aliados do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), inclusive pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A estratégia é associar Doria, possível concorrente de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022, ao PT.

“Tanto o jornalismo quanto a política precisam deixar de lado essa hora as abordagens partidárias. Estamos perdendo vidas. O foco é humanitário. O mundo real espera foco de todos nós em como socorrer as pessoas. Ler sobre análise de disputa política nessa hora é desrespeito ao momento. Deixa todos nós menores”, reforçou Bruno Araújo.

Lula publicou um tuíte em que elogia a atuação de prefeitos e governadores no combate ao coronavírus, que têm implantado uma política de isolamento social, contrariando Bolsonaro, e cita o nome do tucano.

“Nossa obsessão agora tem que ser vencer o coronavírus. Chegamos ao ponto do Dória ter que mandar a PM invadir fábrica pra pegar máscara. A gente tem que reconhecer que quem tá fazendo o trabalho mais sério nessa crise são os governadores e os prefeitos”, escreveu o ex-presidente.

Doria retuitou a mensagem do petista e fez o seguinte comentário: “Temos muitas diferenças. Mas agora não é hora de expor discordâncias. O vírus não escolhe ideologia nem partidos. O momento é de foco, serenidade e trabalho para ajudar a salvar o Brasil e os brasileiros.”

Veja os tuítes de Doria, Lula e Eduardo Bolsonaro:

Em entrevista ao Congresso em Foco publicada em outubro de 2019, Bruno Araújo classificou como mentira qualquer proximidade. “Chegou ao ponto de as redes sociais acharem que PT e PSDB têm um grau de comunhão política mesmo isso sendo absolutamente ficção”.


Fonte: Congresso em Foco