Por Guilherme Kroll

Meu amor ao Flamengo atual é surreal.

Devo a ele a cura de qualquer depressão.

Gostaria de ver nossa atual diretoria comandando o Brasil nos tempos de crise.

Só que tenho uma jornada de vida inteira dedicada ao esporte.

Fui atleta laureado no Botafogo e técnico de muitas equipes de ponta de basquete…

dirigente de federação com inúmeras viagens chefiando delegações esportivas. Numa delas, fui campeão sul-americano de basquete feminino pelo Vasco, no Chile.

Exerci a gerência de futebol profissional do Macaé Esporte…

e nenhuma vitória me trouxe mais orgulho do que derrotar o Flamengo amarelo… comandado por Eduardo Bandeira, Rodrigo Caetano e Carpeggiani…

e com Diego Alves, Pará, Trauco, Arão, Paquetá, Felipe Vizeu, Cuellar, Vinicius Jr, Geovânio, Lincoln e cia.

Sempre coloquei meu respeito às camisas que defendi na frente do meu amor ao rubro-negro.

Fotos/Crédito: Milena Kroll

Amo muito tudo isso…

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De tempos em tempos…

apareço por aqui para não permitir que o tempo apague a magnifíca história dos anos 80 do Fla Basquete.

O Flamengo obteve conquistas memoráveis com personagens que jamais deverão ser esquecidos.

Particularmente, conquistamos os primeiros títulos de expressão nacional da história do Flamengo.

Conquistamos uma hegemonia que me levou à Seleção Brasileira, mesmo atuando no mercado carioca.

Muito orgulho disso tudo…

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O trabalho jornalístico nunca foi prioritário na minha longa jornada profissional.

Só que tive momentos verdadeiramente inesquecíveis cumprindo essa nobre missão.

Cobrir a Gymnasíade 2013, em Brasília, foi algo incrível.

O mais bacana… é que assumi a responsabilidade sobre a modalidade “xadrez” (teoricamente, ninguém merece cobrir partidas de xadrez…) e transformei essa competição numa das mais comentadas de todos os jogos.

Só sei que convivi com muita gente da maior qualidade. Foi uma experiência muito enriquecedora.

Amo muito tudo isso…

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Sinto enorme orgulho ao ver ícones internacionais vestindo o Manto Rubro-Negro.

Sinto mais orgulho, ainda, quando o Flamengo conquista títulos expressivos.

Só que tudo isso só faz sentido dentro de um projeto de massificação das diversas modalidades esportivas que atendem às mais diferentes camadas da nossa população.

O esporte olímpico definha no Brasil.

Necessitamos que alguém repense nele de forma macro.

Equipes de ponta… pontuais, são inócuas.

O mini-esporte tem que ser itinerante, adaptado, adesivado.

O Flamengo pode fazer história.

O Fla-Basquete, o Fla-Vôlei, o Fla-Remo, o Fla-Canoagem, enfim… o Fla-esportes, olímpicos e não olímpicos, tem que ser disseminado por todo país.

Somos referência em termos de administração esportiva.

Somos referência no futebol.

Temos que subir de patamar nos esportes olímpicos também.

O Flamengo sempre será uma Nação Olímpica.

Amo muito tudo isso…


GUILHERME DE LIMA KROLL é empresário, presidente da KROLL Produções e Marketing, técnico em Basquetebol (formado na USP/1990 – 1991), professor de Educação Física (Licenciatura pela UERJ/1978 – 1984), editor do blog ‘Para Quem Entende de Flamengo’ e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Ex-diretor de marketing na empresa Macaé Esporte Futebol Clube e Coordenador na empresa Serra Macaense Futebol Clube. Atuou no Futebol profissional do Macaé Esporte FC, Futebol profissional do Volta Redonda FC, Basquete da LB Cabo Frio, Basquete da LB Macaé, Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro – 5 anos no Triângulo Mineiro, 10 anos em São Paulo, 10 anos no CR Flamengo, 2 anos no Botafogo FR. Inúmeras vezes campeão brasileiro: Flamengo, Vasco, Telemar, seleções estaduais, masculinas e femininas.