Por José Carlos de Assis –
É ridículo supor que o movimento de mulheres, que vai ser retomado nesta segunda-feira, vá se limitar às questões de sexo e de gênero. As feiticeiras saíram das garrafas. Elas exigem direitos de cidadania partilhados com os homens e estão dispostas a ganhar as ruas para impor suas prerrogativas femininas, junto com os direitos pertinentes aos homens. Diante desse quadro, Bolsonaro é um ídolo quebrado: de tanto desafiar mulheres, ele se tornou nulo diante delas.
A força das trabalhadoras e trabalhadores do Brasil está exercendo seu poder para remover o entulho das instituições falidas na medida em que nenhuma delas, seja no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, fez qualquer esforço para proteger a cidadania dos ataques de Jair Bolsonaro. Ao contrário. São cúmplices de uma ditadura que está sendo construída no plano pessoal, pior do que a institucional que foram as de 64 e mesmo a do AI-5.
As mulheres nos garantirão uma Constituinte e uma estrutura decente do Estado, na qual projetos de privatização com os de Paulo Guedes serão varridos do mapa. Espera-se, nesse campo, que a nova Constituição estabeleça claramente que jamais alguém ousará privatizar empresas estatais estratégicas do campo da energia e da tecnologia, como Petrobrás e Eletrobrás, assim como entidades de dados de tecnologia digital, como Dataprev e Serpro.
O povo brasileiro merece que seus traidores sejam levados ao banco dos réus. É o que deve acontecer com Bolsonaro e seu séquito familiar. O Exército, humilhado pelos motins impertinentes da Polícia Militar, deverá ser autorizado a levar a julgamento, por quebra de disciplina, os autores dos recentes motins no Ceará e seus cúmplices milicianos, que suscitaram o risco de uma conflagração no país inteiro e até uma guerra civil.
*A manifestação desta segunda-feira (9), no Rio, sairá da Candelária indo até a Cinelândia, a partir de 16h.
SAIBA MAIS: Dia Internacional da Mulher tem marchas em Brasília e São Paulo
JOSÉ CARLOS DE ASSIS é jornalista, economista, escritor e doutor em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ, autor de mais de 20 livros sobre economia política. Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Foi professor de Economia Internacional na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), é pioneiro no jornalismo investigativo brasileiro no período da ditadura militar de 1964. Autor do livro “A Chave do Tesouro, anatomia dos escândalos financeiros no Brasil: 1974/1983”, onde se revela diversos casos de corrupção. Caso Halles, Caso BUC (Banco União Comercial), Caso Econômico, Caso Eletrobrás, Caso UEB/Rio-Sul, Caso Lume, Caso Ipiranga, Caso Aurea, Caso Lutfalla (família de Paulo Maluf, marido de Sylvia Lutfalla Maluf), Caso Abdalla, Caso Atalla, Caso Delfin (Ronald Levinsohn), Caso TAA. Cada caso é um capítulo do livro. Em 1983 o Prêmio Esso de Jornalismo contemplou as reportagens sobre o caso Delfin (BNH favorece a Delfin), do jornalista José Carlos de Assis, na categoria Reportagem, e sobre a Agropecuária Capemi (O Escândalo da Capemi), do jornalista Ayrton Baffa, na categoria Informação Econômica.
MAZOLA
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