Por Wilson de Carvalho

Vale esclarecer que sou torcedor do América, ou seja, não rubro-negro.

O tema foi levantado por Bris Belga. E eu reforço: anos de ouro que não voltam mais. Destruíram até o então maior estádio do mundo, templo do futebol e atração turística. Dentro de campo, exceção do Flamengo, que deu o exemplo para a volta da grandeza do nosso futebol, nem ídolo os clubes se esforçam para mantê-los. Vendem, em sua maioria, por muito pouco, não resolvem a falência e se apequenam. Corinthians e Vasco são os piores exemplos.

Como jornalista da delegação do Vasco, em anos diferentes, pelo Jornal dos Sports e O Dia, me causou estupefação a grandeza da torcida vascaína em todo o país, especialmente no Nordeste. No Rio, todos sabem. No mínimo, a segunda maior. Por que não reage? Com certeza, pela incompetência dos dirigentes, problema que não existe na Gávea.

Hoje, todos querem ver os jogos do Flamengo.

BRASIL INTRAGÁVEL

Desanimado, é a minha resposta a amigos que perguntam o que está havendo comigo. Pela primeira vez na minha vida. Embora, não derrotado. O Brasil está intragável por culpa de um maldito sistema político, o qual, se não mudarmos, tudo se agravará. Além de tudo isso, vejo a humanidade enlouquecendo. Minha vontade é mudar para um casebre numa floresta no exterior, onde há segurança. Acompanhando milhares de pessoas, conforme o canal por assinatura Discovery mostra muito bem em vários documentários.

HUMANIDADE PREDADORA

Âncora da TV Globo perguntou à “garota do tempo” “o motivo de ”tanta chuva”. É para rir. Simples: a humanidade decidiu destruir o planeta. Até se tornar inabitável.


WILSON DE CARVALHO – Jornalista e escritor, colunista do Jornal Tribuna da Imprensa Livre, ex-secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Três livros publicados, cobertura de cinco Copas do Mundo, campeão de prêmios de reportagens esportivas no Estado do Rio, nos anos 80 e 90. Entre os grandes jornais, só não trabalhou no Globo. Um dos principais ícones da crônica esportiva e do Jornal dos Sports e O Dia, veículos onde ganhou a maioria dos prêmios, entre eles, duas Bolas de Ouro, e em inúmeras séries de reportagem, tais como “Máfia da Loteria”;  “Roubo da Jules Rimet”; “No futebol não tem mais ninguém bobo” e “Pelé não teme o dia em que deixar de reinar e voltar a ser Edson”.