Por Iata Anderson –

Uma semana para comemorar mais um aniversário – 81 anos – do maior jogador de todos os tempos, único tricampeão mundial de futebol, muitos “únicos” mais, ficaria muito longo enumerar o que Pelé fez em campo.

“Iata Anderson, o amigo do Rei e das melhores informações”

Todos conhecem sua história, poucos tiveram o privilégio de conviver com ele, um ser extraordinariamente educado, amigo, simples. Sempre foi assim, continua sendo, assim será. Eternamente Rei. O maior de todos, sem comparação. Uma pena ter nascido no Brasil, se não teria sido coroado mundialmente, por unanimidade. Algumas pessoas não aceitam um negro brasileiro ser o maior do mundo. O sucesso a esse nível incomoda.

 

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Obrigado, Pelé pelo que fez ao futebol, pelo país, o quanto nos alegrou todo esse tempo. Seus feitos serão lembrados eternamente, muitos insuperáveis, como 1.283 gols, três títulos mundiais, um aos 17 anos, e outros, também importantes. Meu abraço com saudade, carinho, respeito e admiração.

Vida longa ao Rei.

Quase 90 mil torcedores foram ao Camp Nou, totalmente liberado, assistir ao 247º clássico entre Barcelona e Real Madrid, o primeiro sem Messi. Vitória dos merengues, com um gol incrível de Alaba, que fez sua melhor partida desde que chegou e Lucas Vázquez, único espanhol entre os de Ancelotti. Quatro brasileiros fizeram maioria (Militão, Casemiro, Rodrygo e Vinicius Jr), dois franceses (Benzema e Mendy), 1 alemão (Kroos), sueco (Alaba), croata (Modric) e um belga (Courtois). A Real Sociedad lidera com 21 pontos e um jogo a mais. Real Madrid e Sevilha (menos um jogo), 20 pontos.

David Alaba, do Real Madrid, comemora seu gol contra o Barcelona. (Albert Gea/Reuters)

Os médicos entraram em campo apenas três vezes, nenhum goleiro caiu para fazer cera, apenas uma vez a maca foi usada, para atendimento a Vinicius Jr, com câimbras. É outro patamar.

Independente do resultado do próximo domingo, quando enfrenta o Atlético Mineiro, o Flamengo se despediu do título, melancolicamente, sem nenhuma chance de recuperação, sem se definir, como time, bisonho, às vezes, para quem chegou a ser aclamado como melhor time do continente.

John Kennedy debutou em grande estilo no Fla-Flu com dois gols de puro oportunismo no Maracanã. (Lucas Merçon / Fluminense F.C.)

O que vimos no Fla x Flu foi, mais uma vez, um arremedo de time, sem força para reagir ou pressionar um adversário teoricamente mais fraco, porém montado, com cara de time, motivado, sem grandes estrelas, praticando futebol como futebol tem que ser jogado. Não há jogo vencido antecipadamente nem camisa ganha jogo. Algumas ajudam, nem sempre. Vou evitar fazer contas, mas todo rubro-negro sabe que o sonho do eneacampeonato foi adiado para a próxima temporada. O time não tem a “cara” do Rogério Ceni, sem mídia, nem de Renato Gaúcho, que chegou, o mais midiático de todos os treinadores brasileiros. Até indicado por alguns setores da imprensa para a seleção brasileira. Michael e Vitinho têm sido lançados para “salvar” o time, na hora do aperto. Muito pouco para quem se propunha a ser campeão carioca, brasileiro e sul-americano. Não basta ser o melhor, tem que provar. Para isso precisa fazer planejamento, ter elenco, se programar.

CT do Clube de Regatas do Flamengo. (Divulgação/Flamengo)

Há uma visível intenção de mudança nas arbitragens, com relação às faltas marcadas. Jogo parado a cada contato, demora nos atendimentos, mãos no rosto e outros “vícios” que se espalham como epidemia. De imediato é preciso acabar com a “cera”, proporção única no futebol brasileiro, principalmente dos goleiros.

Uma praga que parece não ter fim.

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.


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