Por Wilson de Carvalho –
Covid-19, à parte…
O caos se agrava a cada dia. Insuportável. E volto a escrever provocado pela indignação de José Luís Datena, na Band.
Indignação minha, também, com esse novo aumento de combustíveis, principalmente o diesel que move o país e o gás de cozinha, que atinge o mais pobre.
Nas entrevistas, muitas pessoas reclamaram que os preços também não param de aumentar nos supermercados. E eu diria: no cartel com propaganda enganosa, anunciando promoções mentirosas com quebra de centavos nos preços para confundir. Mais grave, calando a imprensa com publicidade nos horários mais caros.
E o Paulo Guedes, muito bem rotulado por Datena como o ministro da economia para ricos, só admite dar R$250,00 mensais na volta do auxílio emergencial cancelado perversamente nestes dois primeiros meses de 2021.
A desculpa é sempre a mesma: país quebrado, sem dinheiro. Mas sem divulgar os milhões dos roubos e o que arrecada por dia em impostos e nos próprios combustíveis.
E sem que a imprensa, salvo raríssimas exceções, questione. Este, aliás, o maior problema, pois deixa a sociedade sem nenhum apoio.
WILSON DE CARVALHO – Jornalista e escritor, colunista do Jornal Tribuna da Imprensa Livre, ex-secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Três livros publicados, cobertura de cinco Copas do Mundo, campeão de prêmios de reportagens esportivas no Estado do Rio, nos anos 80 e 90. Entre os grandes jornais, só não trabalhou em O Globo. Um dos principais ícones da crônica esportiva e do Jornal dos Sports e O Dia, veículos onde ganhou a maioria dos prêmios, entre eles, duas Bolas de Ouro, e em inúmeras séries de reportagem, tais como “Máfia da Loteria”; “Roubo da Jules Rimet”; “No futebol não tem mais ninguém bobo” e “Pelé não teme o dia em que deixar de reinar e voltar a ser Edson”.
