Por Iluska Lopes –
A 2ª onda da pandemia freou a retomada de voos domésticos, que vinham mantendo crescimento constante desde abril de 2020, quando o setor apresentou a pior queda da série histórica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) iniciada em 2000. Foram 6 milhões de passageiros pagos transportados em janeiro contra 2,6 milhões em abril. Entretanto, a Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirma que a recuperação deve voltar em maio.
Eduardo Sanovicz, presidente da entidade, diz que a continuidade do crescimento está atrelada ao avanço da vacinação.
“Em abril do ano passado a malha caiu para 8% da malha pré-crise. Ao longo do 2º semestre do ano passado, começa a subir por causa da implantação dos protocolos sanitários. Máscara, embarque por fila, suspensão da alimentação [dentro das aeronaves]. Um conjunto de protocolos que a gente implanta e em janeiro vai a 74% [da malha pré-crise]. Aí veio o recrudescimento da crise da pandemia e em fevereiro, março e abril a malha vai diminuindo”, disse Sanovicz.
Os voos internacionais terão uma recuperação mais lenta em função do número de países que impuseram restrições ao Brasil. Sanovicz avalia que os patamares pré-crise voltarão só daqui a 3 anos, mas escalas historicamente mais procuradas, como São Paulo – Nova Iorque, devem voltar mais rápido.
“É uma agenda muito mais complexa. Hoje, o Brasil é o 2º país com maior número de restrições no planeta. Isso é causado pela imagem que chega ao mundo saindo do Brasil. Superar isso é um trabalho que vai levar muito tempo. Nossa expectativa está alinhada com as expectativa da IATA (International Air Transport Association), prevendo de 2 a 3 anos para a normalização completa do tráfego internacional.”, afirma o presidente da Abear.
Já o transporte de carga, foi o menos afetado. O país começou o ano de 2020 com 34.000 toneladas transportadas em voos domésticos. Teve queda em abril, mas recuperou e chegou em dezembro com 36.000 toneladas.
Na mesma linha, o mercado de cargas transportadas em voos internacionais, que começou o ano com 63.000 toneladas transportadas, teve queda significativa em abril, mas em dezembro transportou 71.200 toneladas. (Informações do Poder360)
***
MTur autoriza suspensão de pagamentos por até 8 meses de financiamentos do Fungetur
Pasta também permite estender a carência para começar a pagar a amortização, além de ampliar os valores disponíveis a empreendimentos turísticos.
Ministério do Turismo autorizou nesta semana a suspensão do pagamento das parcelas de financiamento de recursos acessados por meio do Fundo Geral de Turismo (Fungetur). Com isso, as instituições financeiras podem estender em até oito meses o pagamento das prestações. Além disso, o MTur ampliou pelo mesmo período as carências para início da quitação da amortização dos valores contratados. A medida concede um fôlego aos empreendedores que atuam no turismo, um dos setores mais impactados pela pandemia de Covid-19.
“O maior capital de qualquer empresa é a sua força de trabalho. E é para garantir a manutenção destes profissionais que o Ministério do Turismo assegurou, ainda em 2020, R$ 5 bilhões para apoiar o setor por meio da linha de crédito ofertada pelo Fundo Geral de Turismo. Continuamos apoiando o setor com a prorrogação dos prazos para início do pagamento dos recursos contratualizados. Agora, o prazo para começar a pagar pode chegar a até 20 meses, por exemplo, para créditos voltados à aquisição de bens, considerando os 12 meses previstos anteriormente ao acessar esses recursos”, destacou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
Outra medida anunciada é a ampliação dos valores ofertados que, agora, passam de R$ 10 milhões para R$ 50 milhões no que se refere a obras para ampliação, modernização e reformas de empreendimentos turísticos, bem como capital de giro associado (despesas que o negócio terá ao investir). Já o crédito disponibilizado para aquisição de bens passa de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões.
FUNGETUR – O Fundo Geral de Turismo é uma linha de financiamento operada com recursos do Ministério do Turismo e que, diante do cenário de crise provocada pela pandemia de Covid-19, conta com taxas (de até 5% ao ano, acrescida da Selic) e prazos (estendidos até 248 meses) diferenciados para auxiliar empreendimentos turísticos de todo o país. O Fungetur é destinado, preferencialmente, aos segmentos de micro, pequenas e médias empresas.
Para obter esses benefícios, o empreendedor deve procurar a instituição financeira por meio da qual acessou os recursos do Fundo Geral do Turismo e solicitar a renegociação até o dia 31 de dezembro deste ano. Nos próximos dias, o Ministério do Turismo acionará todas as instituições financeiras para ajustar os contratos, possibilitando que as negociações aconteçam. Atualmente, há 24 instituições credenciadas em todo o país aptas a operar os recursos do fundo.
BALANÇO DO FUNGETUR – Os recursos do Fungetur permitiram o acesso a crédito a mais de 4.150 empresas localizadas em 684 municípios de 21 estados, alcançando 4.521 operações (contratos assinados). O número de operações contratadas é 9.946 % maior em relação a 2018 (45) e 1.964% superior na comparação com 2019 (219).
Estes recursos podem ser usados tanto para capital de giro – dinheiro necessário para bancar o funcionamento de uma empresa – quanto para aquisição de bens, como máquinas e equipamentos. Podem ser usados, ainda, para a realização de obras de construção, modernização e ampliação para a retomada das atividades, além de reformas em geral em empreendimentos paralisados pela pandemia.
Para acessar a linha de crédito, os empreendedores que atuam no setor de turismo precisam ter registro no Cadastur (cadastro nacional de pessoas físicas e jurídicas do setor) e procurar uma das instituições financeiras credenciadas a operar o Fungetur. As instituições financeiras, por sua vez, farão a análise dos pedidos e aprovação da liberação dos recursos.
Para saber mais acesse AQUI. (Informações da Ascom do MTur)
ILUSKA LOPES – Jornalista, Especialista em Turismo, Professora, Locutora, Colunista e Diretora de Redação do jornal Tribuna da Imprensa Livre. iluska@tribunadaimprensalivre.com
MAZOLA
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