Redação

Ricardo Nunes (MDB) assumirá o comando da cidade de São Paulo de forma definitiva. Com a morte de Bruno Covas (PSDB) neste domingo (16.mai.2021), o vice-prefeito se torna o novo prefeito da cidade mais populosa do país.

Covas tinha 41 anos e estava internado desde 2 de maio no hospital Sírio-Libanês, no qual fazia tratamento desde 2019. O ex-prefeito realizava tratamentos de imunoterapia e quimioterapia contra um câncer no trato digestivo. A doença havia se espalhado para o seu fígado e ossos.

Nunes estava no cargo de forma interina desde 3 de maio. Covas havia se licenciado da prefeitura por 30 dias para se dedicar “integralmente” ao tratamento.

Ricardo Nunes foi vereador por 2 mandatos em São Paulo, antes de se eleger como vice-prefeito em 2020.

O novo prefeito é ligado à Igreja Católica e tem contatos com empresários da zona sul da capital paulista. No passado, já fez parte das bases petista e tucana na Câmara Municipal de São Paulo.

Ainda durante a gestão de Fernando Haddad (PT), Nunes apoiou o então prefeito. Ele era o contato na Câmara da cidade que conseguia dialogar com líderes religiosos. Em 2016, ele fez lobby pela anistia e regularização de templos religiosos irregulares.

Com a eleição da chapa de João Doria (PSDB) e Bruno Covas, em 2016, Nunes mudou seu posicionamento e passou a integrar a base tucana. Durante 4 anos, o então vereador apoiou os projetos da prefeitura de São Paulo. Em 2020, uma articulação de Doria garantiu a Nunes a vaga de vice-prefeito na campanha de Covas.

Nunes é crítico dos contratos de transporte público da cidade de São Paulo. Também tem interesse em um sistema de transporte público hidroviário, um projeto que apresentou quando ainda era vereador.

ACUSAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Durante o 1º turno das eleições municipais, uma denúncia de violência doméstica contra Nunes veio à tona. O caso teria acontecido em 2011. Mas como Nunes e sua mulher reataram o relacionamento, a denúncia não foi investigada. Na época, o casal afirmou que o caso tinha acontecido em meio a um momento frágil e instável do relacionamento.

Covas defendeu seu vice. Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, em 23 de novembro de 2020, ele afirmou que houve apenas um “desentendimento” entre o então vereador e sua mulher, que não resultou em nenhuma denúncia por agressão.


Fonte: Poder360