Por Iata Anderson –
Ronaldo Nazário, também conhecido como Fenômeno, enquanto jogador extraordinário, marcou um gol de placa em sua vida privada, ao se tornar o maior acionista do Cruzeiro, convertendo-se no máximo responsável pelo clube mineiro, no momento em que o time azul atravessa uma das piores crises em seu futebol.
Depois do rebaixamento em 2020, não conseguiu voltar ao primeiro patamar do futebol brasileiro e vai repetir de ano, como no nosso tempo de escola.
Máximo acionista e presidente do Real Valladolid, desde 2018, Ronaldo terá que tornar o Cruzeiro maior ainda, depois do fracasso nas duas últimas temporadas, ao preço de 400 milhões de reais, cerca de 62,5 milhões de euros, mesmo declarando que todo seu dinheiro está no Valladolid. Surpresa, na Espanha, mais que no Brasil, discute-se a possibilidade de Ronaldo deixar o clube ou iniciar uma gestão como o Manchester City, com um clube em vários continentes. Foi exatamente no Cruzeiro, depois de deixar o São Cristóvão, ainda juvenil, que Ronaldo se tornou um dos maiores atacantes do futebol brasileiro, tornando-se mito a partir de sua passagem pelo Real Madrid, virando lenda após passagem pelo Internazionale e seleção brasileira, onde sagrou-se campeão mundial e encantou plateias.
Há quem afirme, na Europa, que jogadores brasileiros levam “vícios” para os principais clubes do Continente, e não são poucos.
Tenho amigos e correspondentes em Portugal, Espanha, Inglaterra, Itália e França, uns ex-jogadores e até jornalistas, que confirmam essa ideia, discutida nas principais Ligas do velho continente. Não tenho visto, e não são poucos os jogos que assisto, ninguém rolando na grama, mãos no rosto, como se tivesse sido atropela por um trem. No empate do Real Madrid com o Cádiz, que tirou um ponto do líder, no Santiago Bernabeu, um zagueiro visitante foi atingido com uma bolada no rosto que, por aqui, levaria uns cinco minutos de paralisação. Rosto avermelhado pela bolada, o rapaz levantou-se imediatamente e seguiu jogando quando, naquele momento, seria uma boa oportunidade de ganhar tempo. Foram um minuto no primeiro tempo e três no segundo, jogo levado numa boa por Jaime Lacre que marcou sua participação por um detalhe. Reverteu um lateral porque o zagueiro visitante andou uns três metros, depois que ele sinalizou o local. Bem que os nossos poderiam fazem o mesmo. Tá, concordo, é questão de educação, mas pode ajudar lá na frente, até eles inventarem outra forma de iludir o apitador. Kroos bateu oito escanteios, todos com a bola exatamente em cima do semicírculo, nem um dedo a mais.
Craque é outro patamar.
Uma coisa que abomino no futebol é a figura do “Xerife”, aquele tipo geralmente alto, forte, que vence na profissão por sua brutalidade e violência, na maioria dos casos. O único a quem ainda guardo alguma simpatia é Almir Moraes de Albuquerque, o “Pernanbuquinho”, baixinho, não tão forte, mas muito valente, sangue quente nordestino, que se recusou a sair de campo na maca algumas vezes. E um futebol maravilhoso, altamente técnico e inteligente, baita jogador. O maior quebra-pau na história do Maracanã foi provocado por ele, numa decisão Flamengo x Bangu, jogo praticamente decidido para os banguenses. Almir disse, em sua biografia, que “eles podiam levar o título, mas não ia ficar barato”.
Alguns desse tipo nada acrescentam, nem simpatizo com eles, mas achei muito boa a contratação de Felipe Melo pelo Fluminense, até porque não o vi envolvido em nenhum lance desleal, até hoje.
Vai acrescentar muito, com certeza, por seu excelente futebol e liderança, muito diferente do lateral Fagner, do Corinthians, jogador perigoso, muito mal-visto até por companheiros de profissão. Esse tipo eu abomino literalmente. Os outros “xerifes” que andam por aí, de clube em clube, são canastrões, não resistem a um grito ao pé do ouvido. Mais que a esse tipo, não suporto atacante medroso, que vai “armar”, não encara. Não sei qual o mais detestável.
Sir Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1, 36 anos, foi condecorado como Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, no Castelo de Windsor, pelo príncipe Charles, de Gales.
Acompanhado da mãe Carmem Lockhart, é o terceiro piloto a ter essa honraria, depois de Jack Brabham, australiano, e dos britânicos Stirling Moss e Jack Steward. Pelé foi condecorado em 1997 mas não ganhou o título de “Sir” por não ser britânico. Deve ter abrandado um pouco a decepção de Hamilton pela perde do oitavo título mundial, por causa de um esdrúxulo regulamento que proporcionou a “garfada” do ano.
FELIZ NATAL!
IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.
AGENDA
Tribuna recomenda!
NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.
MAZOLA
Related posts
Editorias
- Cidades
- Colunistas
- Correspondentes
- Cultura
- Destaques
- DIREITOS HUMANOS
- Economia
- Editorial
- ESPECIAL
- Esportes
- Franquias
- Gastronomia
- Geral
- Internacional
- Justiça
- LGBTQIA+
- Memória
- Opinião
- Política
- Prêmio
- Regulamentação de Jogos
- Sindical
- Tribuna da Nutrição
- TRIBUNA DA REVOLUÇÃO AGRÁRIA
- TRIBUNA DA SAÚDE
- TRIBUNA DAS COMUNIDADES
- TRIBUNA DO MEIO AMBIENTE
- TRIBUNA DO POVO
- TRIBUNA DOS ANIMAIS
- TRIBUNA DOS ESPORTES
- TRIBUNA DOS JUÍZES DEMOCRATAS
- Tribuna na TV
- Turismo