Redação –
Menos de 20% dos fornecedores da Petrobrás estão no estado.
Detentor de cerca de 85% das reservas provadas de petróleo do Brasil e de cerca de 62% das de gás, o Rio de Janeiro aproveita pouco esta posição. Do total de contratos da Petrobras com fornecedores e prestadores de serviços, apenas 19% do valor é gasto em empresas no Rio de Janeiro, enquanto 70% vai para o fora do Brasil. Mais de 50% do gás produzido no estado é reinjetado nos poços ou queimado, e a tendência de aumento da produção aponta para a insuficiência de infraestrutura de transporte, via gasodutos.
Os dados constam de nota técnica elaborada pela Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa (Alerj), presidida pelo economista Mauro Osório, como forma de subsidiar os debates do Fórum Estratégico de Desenvolvimento do Estado da Alerj. O documento chama atenção para os projetos de lei 7.401/2017, na Câmara Federal, e 3.265/2020, na Alerj, sobre a Política de Conteúdo Local, “que vem sendo flexibilizada desde 2017”.
A nota técnica salienta que a insuficiente infraestrutura de gasodutos no país é o principal desafio a ser atacado e defende debate em torno do novo marco legal para o gás, PL 6.401/2013. Ao mesmo tempo que pode alcançar progressos na questão do transporte de gás, há “riscos de uma exposição excessiva à competição com o GNL importado, que, no limite, pode agravar o quadro atual, de baixo aproveitamento do gás do pré-sal”.
Fonte: Monitor Mercantil
MAZOLA
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