Por Carlos Barreto –
Séculos de história de vidas entrelaçadas de várias civilizações, uma cultura que atinge os limites da sobrevivência, um País com 120 milhões de habitantes, a segunda maior floresta do planeta a seguir à Amazônia, com a dimensão da Europa, um País em toda a sua dimensão grande, farto e rico.
A República Democrática do Congo tem como capital Kinshasa com aproximadamente 17 milhões de habitantes, um povo afável, bem vestido que luta diariamente pela sua sobrevivência, ruas limpas e cuidadas, uma cidade que oferece os extremos para quem a visita.
À boa maneira Africana o que impera são os sons de música que ecoam pela cidade, e que fazem parte da vida dos Congoleses, a música diria é a bandeira do País seja em pequenos rádios, em zonas de grande concentração de pessoas ou em espaços de diversão, é o que mais retenho, a memória auditiva dos sons de África.
A vida não é barata, para quem lá se desloca e quer manter um padrão médio, onde a maior preocupação é a segurança, o nível de vida extremamente caro, e quando estamos numa bolha de comodidade, segurança e bens principais garantidos não sentimos a fronteira da desigualdade, pois ficamos fechados num modelo de vida europeu.
As raízes franco belgas são gritantes, a forma como o Congoleses se vestem com padrão europeu, a cerveja é de excelente raíz belga, a construção moderna cumpre o padrão europeu, mas o que salta à vista mesmo por onde circulamos é a limpeza de ruas e avenidas.
Kinshasa é separada pelo rio Congo de outro país que se vislumbra do outro lado do rio, cuja capital é Brazzaville (foto abaixo), diariamente os barcos fazem a travessia para levar e trazer gente entre as duas capitais.
O que se sente na rua é que as pessoas amam a sua cidade, que as pessoas têm orgulho nas suas gentes e que existem pessoas com um padrão cultural acima da média pois estudaram fora predominantemente em França e Canadá. Entende-se que existem bastantes relações comerciais com outros povos, indianos, chineses, libaneses, e os destinos de parte da sua população se faz para Dubai, e Ásia Central.
Não podemos esquecer a riqueza natural deste País onde se salientam as minas de ouro, diamantes, e minérios que o mundo precisa como do pão para a boca, lithium, cátodo de cobre e outros minérios, mas a maior riqueza são as suas terras férteis que um dia poderão salvar o mundo no fornecimento alimentar agrícola e agronegócio.
Kinshasa como os Congoleses chamam de “Ma Belle Ville”, é uma cidade imensa, cheia de cantos e recantos onde o trânsito teima em não fluir e onde nos sentimos num parque de diversão de carinhos de choque, mas onde por incrível que pareça, não se veem acidentes no trânsito, tudo se resolve na base do apitar, gesticular e siga em frente.
Kinshasa a cidade onde pouco se dorme e onde o mundo faz encontros de trocas e negócios, o futuro é o começo de um império adormecido. Como diria o Papa Francisco na sua visita a Kinshasa em Fevereiro de 2023:
“Tirem as mãos da República Democrática do Congo! Tirem as mãos de África!”
CARLOS BARRETO – Consultor de Comunicação; Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Lisboa, Portugal.
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