Por Francisco Carlos Fighera

Que a Via Sacra de nossas vidas não seja um caminho doloroso, para que não façamos de cada dia um calvário, como o de Jesus na Sexta-Feira da Paixão.

“I ESTAÇÃO”

Que nessa Via Sacra não condenemos a nós e aos outros, nem nos deixemos condenar por críticas, injúrias, amarguras, mágoas, medos, solidões;

“II ESTAÇÃO”

Que possamos carregar nossas Cruzes, sem lamentações, aceitando as dificuldades; quando acharmos que nossas cruzes estão muito pesadas, olhemos para os lados e veremos que há outras mais pesadas do que as nossas;

“III, VII e IX ESTAÇÕES”

Quando cairmos, pela primeira vez, segunda, terceira, que nos encorajemos e levantemos mais decididos a enfrentar e superar os obstáculos, com perseverança, dedicação e fé, na direção de nossos propósitos e objetivos;

“IV ESTAÇÃO”

Que nos encontremos mais no sentido de nos vermos, mas também de nos entendermos, sendo pacientes, resilientes;

“V e VI ESTAÇÕES”

Que nos ajudemos mais e ao próximo, com amor, ouvindo na essência, entendendo, enxugando as lágrimas, doando carinho, humanidade, compreensão;

“VIII ESTAÇÃO”

Que lutemos com dignidade para deixar um mundo melhor para nossos filhos, um legado de amor e paz, ao invés de lágrimas e desesperanças;

“X ESTAÇÃO”

Que nos despojemos das vaidades (que são como perfumes fortes, cujos cheiros só agradam a quem os usa), das maldades, dos apegos a coisas materiais, e pratiquemos mais a humildade e a bondade;

“XI ESTAÇÃO”

Que não julguemos e crucifiquemos os outros pelos seus erros, ou a nós mesmos pelos nossos erros, cobrando e cobrando-nos a perfeição;

“XII ESTAÇÃO”

Que possamos viver intensamente nossos sonhos, pois deixar de sonhar é como já ter morrido, a vida fica sem sentido, a passagem por esta vida é tão curta, sendo ela tão bela para não ser vivida;

“XIII ESTAÇÃO”

Que possamos fazer alguma coisa pelo próximo, para que não precisemos vê-lo descer de sua cruz, morto por suas más escolhas (drogas, bebidas, crimes…);

“XIV ESTAÇÃO”

Por fim, que não sepultemos em nós mesmos nossas emoções, sonhos, inspirações, amor, paixão, misericórdia, perdão;

Que seja a Páscoa a grande oportunidade de renovação de nossos propósitos, sem condenações, lamentações, com fé, perseverança, paciência, exemplo, resiliência, amor ao próximo, compreensão, humanidade, dignidade, humildade, bondade, sem cobranças por perfeição, com muitos sonhos para serem sonhados e realizados, acima de tudo, com muita gratidão pelo que somos e temos, com alma, coração e espírito vitorioso sobre nossas fraquezas.

Só assim a Via Sacra de nossas vidas valerá a pena!


*Francisco Carlos Fighera é Administrador / Texto enviado por Daniel Aurélio Silva – Belo Horizonte (MG)