Por Deonísio da Silva –
Abílio quer dizer que não é mal-humorado, pois o “a” inicial nega ou põe de lado “bílio”, cujo étimo é o Latim bilis, bílis no Português. Ou fel, seu sinônimo, dado como a morada dos maus humores, como a cólera. Em resumo, Abílio não tem mau humor. Poderá ficar mal-humorado, ao estudar o hífen, pois mau humor e bom humor não têm hífen, mas bem-humorado e mal-humorado têm.
Carlos veio do germânico Karl. Os normandos levaram este nome para a Inglaterra nos primeiros séculos do segundo milênio. Na Península Ibérica tornou-se Carlos, no Português como no Espanhol, mas no Francês virou Charles, no Italiano, Carlo, no Inglês, Carl, e no Alemão, Karl. O significado original é “homem do povo”, simples. E embora não tenhamos “Abília”, temos Carla, para as mulheres.
Ainda na letra “C,” ou “K”, usada como variante, temos Cristiano, Cristina, Kristina etc. O étimo é o latim Christianus, que no Inglês virou Christian e no Alemão, Kristen. Na Europa, em muitos países aparece o mesmo étimo em Kristine, Cristine, Cristina etc. Todos eles aludem à seita dos seguidores de Christus, nome latino de Jesus, depois transformada em religião oficial do Império Romano. O Latim Christus é adaptação do Grego Khristós, ungido, abençoado, que no Hebraico é Maxiah, de onde veio Messias.
Gilberto também é nome de origem germânica. É adaptação de Williberht, palavra composta de Will, vontade, e berarht, brilhante, marcante. Do mesmo étimo procede Gisele, cujo significado é refém famosa, pois Gisal ou Gisil tinha no antigo germânico o significado de refém.
Márcio, que tem o feminino Márcia, e Marcos, sem feminino, procedem do latim Martius, Marte, o deus da guerra. Significa lutador(a), guerreiro(a).
Paulo, do Latim Paulus, baixinho, foi de Roma para a Europa e virou Paul, Paolo, Pablo, Paulino, com os femininos equivalentes.
Rita é diminutivo do Latim Margarita, pérola.
Rosana ou Rossana é junção de Rosa, flor, e Hannah, graça, rosa graciosa.
Helena, do grego Heléne, tocha, que ilumina, acesa.
Ana, do hebraico Hannah, graça.
Beatriz veio do latim beatrice, beata, a que dá beatitude, isto é, felicidade a quem está com dela. A mais famosa é Beatriz Portinari, namorada de Dante Alighieri, que a imortalizou na Divina Comédia.
Sueli e as variantes Soeli, Suellen etc. vêm do germânico Suel, Luz, e quer dizer luminosa.
Manuela é o feminino de Manuel, do hebraico Immanuel, Deus está conosco, pela formação immánu (conosco) e El, Deus.
Rodrigo procede do germânico Hrodric, príncipe (rik), que tem fama (hruot).
Michele, feminino de Miguel, do hebraico Mikhael, é uma pergunta: mi-hayáh (quem é como Deus?).
E, por fim, Deonísio, o meu nome, procede do grego Dionysios, consagrado ao deus Dionyso, deus do vinho e dos prazeres. Ave! Mas chegou por último ao Olimpo, a morada dos deuses, depois das Parcas, pois não tinha pressa. (xx)
DEONÍSIO DA SILVA é escritor, editor e autor da Coluna ‘Sem Papas Na Língua’ da Rádio BandNews.
Enviado por Siro Darlan de Oliveira – Rio de Janeiro (RJ). Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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