Por Eusébio Pinto Neto –
Nada é simples na vida, especialmente no que diz respeito à obtenção de direitos.
A história mostra que a evolução da humanidade demanda dedicação, organização e tempo. O bom desempenho econômico e a melhoria da qualidade de vida da população brasileira devem servir de instrumentos para a classe operária cobrar condições mais dignas de trabalho.
Nós, trabalhadores de postos de combustíveis e de lojas de conveniência, precisamos lutar pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada de trabalho no Brasil. Os frentistas, que trabalham para aumentar as vendas das empresas e gerar riquezas para o país, têm conhecimento profundo da perversa escala de 6×1.
A intensa jornada de trabalho nos impede de conviver socialmente, uma vez que a folga do frentista, com exceção de um domingo por mês, é sempre durante a semana, quando a família está envolvida com os compromissos profissionais e escolares.
Apesar de a redução da jornada de trabalho ser uma bandeira antiga do movimento sindical, o debate ganhou força nas redes sociais com o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT). A proposta tem o apoio de 70% da população brasileira e reúne pessoas de posições políticas e sociais diferentes. Até parlamentares de direita tentam surfar nessa onda. É importante salientar que essa corja a serviço do capital é beneficiada com a escala 3 × 4, ou seja, trabalham três dias para folgar quatro.
A vida é muito mais do que o trabalho, portanto, a classe operária precisa se insubordinar contra a chibata do relógio de ponto, que a escraviza e a torna cada dia mais pobre. Esse é o momento de os trabalhadores lutarem por liberdade e mais direitos. A liberdade deve vir acompanhada de educação e qualificação profissional, para que não sejamos jogados ao limbo, como os nossos ancestrais africanos.
Vamos à luta, companheiros! Não devemos esperar mais, 2025 é o ano para avançarmos com as pautas trabalhistas. Este ano foi importante para a organização sindical, que retomou o direito de cobrar a contribuição assistencial.
Sofremos com a pressão e as adversidades que surgem de todos os lados, especialmente do setor financeiro. Os grandes conglomerados, que escravizam a força de trabalho, estão mobilizados para derrubar as reivindicações da classe trabalhadora. Não devemos permanecer de braços cruzados, como ocorreu em 2017, quando a Reforma Trabalhista foi aprovada.
A classe operária tem o dever de lutar pela redução da jornada de trabalho para não adoecer ou morrer por exaustão.
EUSÉBIO LUÍS PINTO NETO é presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (SINPOSPETRO-RJ) e da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), consultor sindical da Tribuna da Imprensa Livre.
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