Por Bolivar Meirelles –

Garanto que o General Pazuello teve instrução para planejamento. Qualquer soldado raso quando está em uma posição e pretende, por decisão própria ou comando, se deslocar a outra, de responder aos seguintes itens: onde estou?; para onde vou?; como vou?; e quando vou?

Claro que, por formação, oficial oriundo do serviço de Intendência, foi preparado para as atividades de logística. Suprir as armas e aos outros serviços o necessário para o exercício de suas atividades. Inclusive em situação de guerra, levando, a frente de combate, aos locais de suas ações ou, em paz, suprimento necessário ao funcionamento dos órgãos específicos. Resolver não só o suprimento bem como atuar na gestão financeira das unidades militares.
Não sejamos injustos quanto a preparação do General Pazuello para o exercício das atividades da logística. Ele que cursou toda a formação vertical ascendente que lhe permitiu atingir o mais alto posto da carreira. Algo deve ter havido em sua tumultuada atuação como Ministro da Saúde do Governo Bolsonaro. Pesquisar é fundamental para compreendermos melhor os fatos que prejudicaram esse General em sua gestão. Conhecedor de Saúde Pública? Não é sua especialidade mesmo. Exercício da política? Também não é. Logística? Sua trajetória de vida profissional. Desde os tempos de Cadete na Academia Militar das Agulhas Negras. O curso mais caro de graduação, oficial do Exército. Quatro anos. Quatro refeições ao dia. Roupa para vestir. Remuneração mensal. Educação em tempo integral, imersão total. Alojamento. Batalhão de Comando e Serviços como suporte aos cadetes. Parque das Armas e de Serviços. Grande Biblioteca. Restaurante em mármore de Carrara. Auditório para mil e oitocentas pessoas. Pátio Interno…

Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais; Escola de Comando e Estado Maior; Curso de Altos Estudos. Cursou todos o General Pazuello.

Agora, observadas todas as possibilidades de atuar com planejamento capaz de efetivar a logística necessária ao suprimento de combate a Covid 19, em que falhou?

Tentemos entender. Vencimento de data do uso de material de diagnóstico, inatividade frente ao calendário urgente de vacinação do Povo Brasileiro. Um faz e desfaz. “Um manda o outro obedece”. Vacina antes, vacina depois. Vacina em janeiro 2021, em dezembro deste 2020. O que houve com o General Pazuello para ser tão vacilante? O que o faz ser? Medo de perder o cargo preenchido pela caneta acionada do Capitão Bolsonaro Presidente da República? Pode ser. Também pode ser… Talvez haja mais causa para essa errática atitude. Há! Vislumbro uma hipótese! Muitos importantes médicos disseram que a Cloroquina daria problemas em vários órgãos, além do que, não curaria o Novo Coronavirus. Remédio de piolho? Também ineficaz para a cura pretendida. Terá sido afetado o General Pazuello pelo uso indevido desses medicamentos? Certamente piolhos não os tinha. Quem mandou um Militar de tantos e tantos cursos tirados ter sido receitado pelo medíocre Capitão tão parco em formação? Deve ter sido, isto sim, prejudicado em sua cabeça interna. O Irresponsável General ao haver se submetido tanto a quem despreparado é, para logística como para medicina, o Capitão que lhe dá ordens e o medica. Pesquisem os mais habilitados cientistas e… peguem, alunos de mestrado ou doutorado como hipóteses para o desenvolvimento de seus trabalhos acadêmicos essas ideias. Chegarão a melhores conclusões.

BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina e Colunista do Caminhando Jornal TV (TVC-Rio).