Redação –
Em uma ação inédita, a Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito envolvendo o ministro da corte Dias Toffoli. O pedido tem como base uma delação premiada feita pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (MDB), que acusou o ministro de integrar um esquema de venda de sentenças. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.
Segundo o ex-governador, Toffoli teria recebido R$ 4 milhões para favorecer duas prefeituras do estado do Rio de Janeiro. Tais valores seriam dados em troca de julgamentos enquanto Toffoli compunha o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O pedido pode ser recusado pela suprema corte, mas inflama bases bolsonaristas, que enxergam no STF um impeditivo do poder presidencial. Dias Toffoli foi o presidente do STF nos primeiros dois anos do governo de Jair Bolsonaro, e cultiva publicamente boa relação com o presidente da República.
A assessoria do ministro disse que Toffoli não tem conhecimento dos fatos mencionados e afirmou que jamais recebeu os valores ilegais. “O ministro refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções”, escreveu.
Fonte: Congresso em Foco
MAZOLA
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O pedido de investigação faz parte de um novo pacote de inquéritos solicitados pela PF a partir da análise da delação do ex-governador Cabral, condenado a mais de 300 anos de prisão.
Legalmente não há nada que justifique a abertura do inquérito contra Toffoli. A PF tenta atropelar a PGR; que tem por base puramente uma delação premiada, o que não é permitido; e o ofício ameaça a democracia e o Estado de Direito.
O triste da história é que o presidente bozo iria ter a chance inimaginável de nomear quatro ministros terrivelmente evanjegues! Já imaginou, tremenda desgraça? Estaríamos acalentado um verdadeiro ditador.