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Petróleo: motivo maior da luta de Nicolás Maduro e sua gang pela permanência no poder – por Sérgio Cabral Filho
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Petróleo: motivo maior da luta de Nicolás Maduro e sua gang pela permanência no poder – por Sérgio Cabral Filho

Por Sérgio Cabral Filho

Petróleo, motivo maior da luta de Nicolás Maduro e sua gang pela permanência no poder.

Mineral mais disputado e valorizado durante o século XX, o petróleo levou regiões do mundo a guerras fratricidas e regimes autoritários em vários cantos do planeta. E continua sendo nesse século a vedete mineral.

Dos 15 países maiores produtores de petróleo do mundo, somente em 5 países seus povos respiram democracia: Estados Unidos, maior produtor do mineral no mundo, Canadá, Brasil, México e Noruega. Onde o povo carece da livre manifestação de pensamento e maneira de viver tem Rússia, segundo país maior produtor do planeta, Arábia Saudita, Iraque, China, Irã, Emirados Árabes, Kuwait, Cazaquistão, Nigéria e Catar.

Ué, e a Venezuela? Maduro e sua quadrilha são tão incompetentes que a Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo e nem se encontra entre os 15 maiores produtores! Mas ainda é o petróleo a principal pauta de exportação do país e é por ele que a ditadura venezuelana tem sangrado o país e seu povo. Como ressaltei no último artigo, já são mais de 7 milhões de venezuelanos que deixaram o país nos últimos dez anos. E os que ficaram para enfrentar Maduro e sua reeleição, estão frustrados com o resultado fraudulento que deu a Maduro mais cinco anos de poder. Parte está nas ruas protestando, parte já se movimenta para deixar o país.

Nicolás Maduro deu continuidade à cartilha do Bolivariano. (Reuters)

As reservas de petróleo no mundo tendem a ter menos expectativa de valor nas próximas décadas de 30 e 40 desse século. Os países ricos e democráticos e a China, segunda potência do mundo, tem investido fortemente em energias que causem menores danos ao planeta.

Aqui no Brasil, a empolgação pela descoberta de campos de petróleo na camada do pré sal levou à aprovação de uma lei ruim que chamei, em dezembro de 2010, de uma “bravata nacionalista”. A lei do pré sal engessou investimentos estrangeiros e prejudicou os estados produtores brasileiros. Sobretudo, o Rio de Janeiro. Mas aqui temos democracia e a lei já foi modificada para melhor, por iniciativa do meu amigo e então Senador da República, José Serra. Mas ainda há o que melhorar na lei. Inclusive na aplicação dos recursos pelas cidades beneficiadas pelas receitas de royalties. A lei engessa a aplicação dos recursos. Há cidades no Brasil que não sabem mais onde aplicar os recursos em educação. Cidades que pagam as mensalidades dos cursos universitários privados de seus moradores, que precisam ser criativos para justificar a aplicação dos recursos, enquanto outros desafios das mesmas cidades produtoras como saneamento e habitação carecem de recursos.

O petróleo também é, como se vê, motivo de lutas políticas nos países democráticos. A vantagem é ter democracia e pleno direito ao debate e mudanças nas leis existentes. Não é o caso de dois terços dos 15 maiores produtores de petróleo do mundo, como também do país com as maiores reservas do mineral no mundo, a Venezuela. A “idade da pedra” acabou, assim como irá acabar a “era do petróleo” em poucas décadas.

Quem não souber extrair e entregar valor agregado ao seu povo por essa riqueza perderá a vez.

SÉRGIO CABRAL FILHO – Jornalista e Consultor Político da Tribuna da Imprensa Livre.

Instagram @sergiocabral_filho

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