Redação –
Quinze personalidades de diversas áreas protocolam na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (24), mais um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Dentre eles estão Felipe Neto, Walter Casagrande, Chico César, Júlio Lancellotti e Marcelo Gleiser, todos integrantes da iniciativa Vidas Brasileiras. O motivo é a condução repleta de crimes do presidente no combate à pandemia da covid-19, que até o momento já provocou a morte de quase meio milhão de brasileiros.
Além de Felipe Neto, comunicador digital e youtuber; Walter Casagrande, comentarista esportivo; Chico César, cantor e compositor; Júlio Lancellotti, religioso católico; Marcelo Gleiser, cientista. Também na lista: Raduan Nassar, escritor; Ailton Krenak, escritor e líder indígena; Cristina Serra, jornalista e escritora; Fábio Porchat, ator; Hermes Fernandes; religioso evangélico: Julia Lemmertz, atriz; Ligia Bahia, médica sanitarista; Vanderson Rocha, médico; Verônica Brasil; enfermeira e Xuxa Meneghel, apresentadora. Os advogados Júlia Alexim, João Pedro Pádua e Breno Melaragno Costa também constam no documento.
É possível apoiar o pedido por meio do site da iniciativa.
Crimes e mais crimes
O documento tem 42 páginas. Logo na primeira, argumenta que “ao longo dos últimos 15 meses, desde os primeiros casos identificados de covid-19 no Brasil, o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro praticou um conjunto de atos ilícitos que configuram crimes de responsabilidade e embasam a presente denúncia.” Acrescenta que Bolsonaro “disseminou informações falsas” sobre a doença, atrasou processo de vacinação da população, “violou o decoro e a dignidade de seu cargo e afrontou a honra e a dignidade nacionais”. Também “descumpriu normas legais e regulamentares ao provocar aglomerações, nelas permanecer sem máscara e estimular pessoas a também não utilizarem a proteção facial”. Por fim, “determinou a produção, por laboratório do Exército, de hidroxicloroquina.” As denúncias são classificadas como crimes de responsabilidade previstos na Lei nº 1.079/1950.
“As infrações político-administrativas acima elencadas violam a Constituição e a lei em qualquer contexto. Na atual conjuntura, em que o Brasil e o mundo são afetados por uma crise sanitária e econômica sem precedentes, as consequências dos atos do Chefe do Poder Executivo e Chefe de Estado se tornam ainda mais graves”, continua o pedido de impeachment de Bolsonaro. “O país não consegue respirar. Pacientes morrem sufocados em leitos de hospitais. Juntamente com os doentes que morrem desamparados, nossa ordem constitucional, os direitos que ela garante e os fundamentos da nossa democracia também sufocam.”
Fonte: Rede Brasil Atual
MAZOLA
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