Por Pedro do Coutto –
Nova pesquisa do Ipec, divulgada e comentada na noite de segunda-feira pela GloboNews e focalizada em reportagem de Bernardo Mello, Dimitrius Dantas e Rafael Galdo, O Globo de ontem, revela que novamente Lula está a um passo de vencer as eleições no primeiro turno, dependendo da oscilação de votos para Ciro Gomes e Simone Tebet. Isso porque Lula manteve os 44% registrados no penúltimo levantamento e Bolsonaro desceu de 32 para 31 pontos.
Ciro Gomes tem oito pontos e Simone Tebet 4%. Brancos e nulos registraram 6% das intenções de não voto. Há os demais candidatos, mas a maioria absoluta dependerá do avanço ou estagnação de Ciro e Simone. A rejeição de Lula permanece em 36%, a de Bolsonaro na escala de 49%.
REJEIÇÃO – No caso, a rejeição de Bolsonaro é um fator mais grave para a sua candidatura do que a rejeição que Lula desperta porque, afinal de contas, Bolsonaro encontra-se à frente do governo. Portanto, os instrumentos para ir ao encontro das demandas populares.
Não é o caso de Lula, de Ciro Gomes ou de Simone Tebet, candidaturas fora do poder. É verdade que Lula já esteve no poder e tem utilizado os resultados que obteve nas urnas de 2002 e 2006 como prova do seu desempenho no Planalto e na aprovação que teve ao passar a faixa para Dilma Rousseff.
Lula vem assumindo o compromisso de aumentar o salário mínimo acima da inflação. Mas é importante não esquecer dos demais salários. É preciso que todos os salários não sejam perdidos para a inflação, pois sem isso a redistribuição de renda é impossível.
AUXÍLIO BRASIL – O panorama eleitoral dividido por segmentos eleitorais permaneceu o mesmo, da mesma forma que os votos masculinos e femininos. O que se verifica até o momento é que o Auxílio Brasil não adicionou votos ao presidente da República e nem a campanha alterou a resistência do eleitorado feminino em votar nele. Sobre o Auxilio Brasil, acredito que muitas pessoas pobres tenham indicado o voto em Bolsonaro com receio de cortes. Posso estar errado, mas é necessário ver com atenção este ângulo.
De qualquer forma, Bolsonaro concentra suas atenções para a comemoração do 7 de setembro. Jussara Soares, O Globo de ontem, informa que o presidente da República já iniciou a convocação para as comemorações da Independência do Brasil.
CARAVANAS – A movimentação está prevista para a Esplanada de Brasília e para Copacabana, no Rio de Janeiro. Além disso, destacam Patrícia Campos Mello e Paula Soprano, caravanas organizadas por empresários estão se dirigindo à Brasília, levando grande número de pessoas para as comemorações.
O dia de hoje será uma data fundamental para alavancar a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro. Aguardemos a passagem da data marcada também pelo temor de manifestações de violência.
RECURSOS NA JUSTIÇA – Na edição de segunda-feira de O Estado de S. Paulo, Isabela Alonso Panho, Marcelo Godoy e Pedro Ramos publicaram reportagem informando que recursos judiciais contra pesquisas sobre as eleições cresceram 580% este ano. O aumento se deve, na minha opinião, à própria frequência dos levantamentos do Datafolha e do Ipec e do inconformismo de correntes políticas de aceitarem os resultados.
Mas é preciso considerar que em seus 33 anos de existência, com mais de duas mil pesquisas realizadas, creio, o Datafolha só teve um erro, a derrota de Fernando Henrique Cardoso para Jânio Quadros pela Prefeitura da cidade de São Paulo em 1985, e o Ibope, desde 1945 até hoje, incluindo a mudança de seu nome para Ipec, em número muito grande de pesquisas só teve dois erros; Ademar de Barros para Jânio Quadro em 1954 para o governo de São Paulo, e equívoco igual ao Datafolha em 1985. Portanto, o índice de êxitos é superior a 99%.
As pesquisas não criam realidade. Elas apenas refletem o dia a dia. Daí, as diferenças de números ao longo das campanhas. O lance mais decisivo, entretanto, estará sempre contido no prognóstico final.
A ESTRELA SOBE – Dentro do excelente desempenho de atores e atrizes na novela Pantanal da TV Globo, destaco a atuação que consagra a jovem atriz Julia Dalavia no papel de Guta. Excepcional. Já é uma grande atriz.
Como no título do filme, “Nasce uma estrela” que chegou pela primeira vez às salas em 1937, com Janet Gaynor no papel da jovem que se apaixona por um complicado homem famoso, que vê seu prestígio cair, enquanto ela ascende. E, no caso de Julia Dalavia, a estrela tabem subiu.
Pedro do Coutto é jornalista.
Enviado por André Cardoso – Rio de Janeiro (RJ). Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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