Por Paulo Lopes

O novo ministro da Justiça, André Luiz de Almeida Mendonça, 46, é forte candidato a ocupar a cadeira no Supremo de Celso de Mello, que vai se aposentar em setembro. É a vaga que o presidente Bolsonaro tinha prometido a Sergio Moro.

Mendonça é pastor presbiteriano de uma igreja em Brasília. Como ministro da AGU (Advocacia Geral da União) se mostrou extremamente alinhado a Bolsonaro.

Conservador, ele é contra a legalização do aborto, mas é cauteloso ao falar sobre o movimento gay por igualdade de direitos.

É favorável à manutenção de símbolos católicos em repartições públicas, como no plenário do próprio STF, porque, para ele, se trata de uma herança cultural.

Defende, ainda, a manutenção da imunidade tributária das igrejas e afirma que o Estado laico tem sido respeitado no Brasil.

Também acha que chegou a hora de o Supremo ter um ministro evangélico, em consonância com o aumento da população brasileira dessa vertente do cristianismo.

Trata-se de um duvidoso critério, porque só deveria ser alçado ao Supremo quem detém notório conhecimento de direito, independente de sua religião e de crer ou não em Deus.


Publicado no blog de Paulo Lopes / Envia por Marcos Burle – São Paulo (SP)