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OPINIÃO – Oswaldo Cruz patrono do Exército Brasileiro. E porque não?
Oswaldo Gonçalves Cruz foi cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil (Wikipédia)
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OPINIÃO – Oswaldo Cruz patrono do Exército Brasileiro. E porque não?

Por Bolivar Meirelles

Médico sanitarista e epidemiologista brasileiro. Estadista Oswaldo Cruz. Enfrentou, a um só tempo a Febre Amarela e as tropas revoltadas reacionárias da Escola Militar.

O atrasado então Cadete Eurico Gaspar Dutra, militar reacionário por toda sua vida, de Cadete a Marechal. Deixou escola, Estado Novo, golpistas estabelecidos no Governo Dutra/Dona Santinha, mulher do Presidente que mandava mais que ele; golpistas estabelecidos no Golpe de Estado de 1964; governo estabelecido no pós Golpe de 2016 que derrubou Presidenta eleita e, com “fake news” levou o Capitão Fascista Presidente Jair Bolsonaro ao poder.

Mas o que tem, tudo isso a ver com o Médico Sanitarista e Epidemiologista Oswaldo Cruz a ser Patrono do Exército Brasileiro?

O Capitão Presidente Jair Bolsonaro encharcou o Ministério da Saúde de Militares, quase todos, do Exército de Caxias. Incompetentes para comandarem o esforço de combate ao Novo Coronavirus. Perdidos num combate necessário de cérebros competentes.

O Exército não precisa de signos Pacificadores.

A Guerra do Paraguai foi vergonha histórica para o Brasil, a Argentina e o Uruguai. Massacraram a mais desenvolvida República Latino Americana.

O, mais professor que militar, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, deixou severas críticas a participação do Exército Brasileiro na guerra do Paraguai. Não nos honra o dito principal feito militar brasileiro.

Não nos honra as vergonhosas incursões pacificadoras do Exército Brasileiro contra levantes populares efetivados no Brasil, as ações contra Antônio Conselheiro, os Golpes de Estado.

Honra muito a luta coordenada pelo grande médico sanitarista brasileiro, ações republicanas que dignificam a nossa história. Coordenou e comandou a luta vitoriosa, derrotou a febre amarela, derrotou os cadetes reacionários da Escola Militar da época e seus comparsas civis. O Grande Estadista Osvaldo Cruz poderia ser, também, o Patrono do Exército Brasileiro.

Difícil é entender o subserviente General Eduardo Pazuello diagnosticando e propondo cloroquina como remédio não autorizado pelas autoridades médicas, para a cura do Novocoronavirus, Covid 19. Penso mesmo, melhor seria repensarmos o Patrono do Exército Brasileiro e elegermos ao invés do “Pacificador” monarquista, o Salvador Republicano, médico e estadista, Osvaldo Cruz.


BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política e Presidente da Casa da América Latina.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com

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