Por Emanuel Cancella –
Nos EUA, a GM o City Bank, as principais empresas privadas americanas, quebraram em 2008. E o governo dos EUA injetou assim trilhões de dólares para salvar essas empresas (2,3,4).
Nos EUA, em 2008, o governo não puniu essas empresas, muito pelo contrário: “EUA priorizam recuperação de empresas, não punição, diz ex-procurador” (5).
Apesar de concordar que as empresas fossem mantidas, acredito que não punir, dentro da legislação em vigor, os responsáveis por essas empresas é um erro, já que grande parte do dinheiro usado para recuperá-las foi público. Também, em 2008, muitos americanos perderam suas aposentadorias nos fundos de pensão ligados a essas empresas.
Veja o que aconteceu na falida Enron, com os fundos de pensão (12): “Digna Showers era assistente administrativa há 18 anos na Enron, nos Estados Unidos. Um belo dia de dezembro de 2001, fica sabendo que tem exatamente “meia-hora para fazer suas malas e partir”. Ela perde, de uma só vez, seu emprego, sua assistência médica, seu seguro de vida e até mesmo seus direitos à aposentadoria, apesar de ter contribuído com cerca de 400 mil dólares para o fundo de pensão da empresa. O próprio Kenneth Lay, o patrão da Enron, embolsou cerca de 34 milhões de dólares antes de deixar a empresa, ao vender apenas seus estoques de ações” (6).
Empresas alemães como a Mercedes Bens, BMW e Volkswagen financiaram o nazismo e ainda assim hoje são estrelas entre as multinacionais. Também acho que as empresas não deveriam ser punidas, quando o nazismo foi desmascarado, entretanto os donos delas e seus principais colaboradores deveriam ir para os tribunais e, caso condenados, que fossem para a cadeia e seus bens, adquiridos no império nazista, confiscados e utilizados, principalmente para indenizar as famílias mortas nos campos de concentração.
Mas lamentavelmente os empresários também pouco sofreram. Friedrich Flick, preso como criminoso de guerra em 1947, foi solto três anos mais tarde (7). Friedrich Flick era um industrial alemão, condenado criminoso de guerra nazista. Após a guerra, ele reconstituiu seus negócios, tornando-se a pessoa mais rica da Alemanha Ocidental e uma das pessoas mais ricas do mundo, no momento de sua morte, em 1972.
No Brasil, a Lava Jato, em nome do combate à corrupção, está destruindo nossas principais empresas como a Petrobrás e a Odebrechet. Vídeo anexo mostra como a Operação destruiu a economia nacional em poucos meses (12).
A Lava Jato destruiu uma das mais poderosas indústrias brasileiras e do mundo que é a naval (11).
E agora, navios, plataformas, sondas de perfuração, que nos governos do PT eram construídas no Brasil com base no “Conteúdo Local” da lei de Partilha, (12.351/10) em nome do combate à corrupção, estão sendo construídos no exterior, gerando vultosos investimentos, arrecadação gigante de impostos, empregos de qualidade e renda para os gringos.
Golpe destrói setor naval e deixa mais de 300 mil trabalhadores desempregados, isso em 2018, imaginem quantos empregos estamos perdendo já que o pré-sal não atingiu o ápice de sua produção (13).
Ao contrário dos EUA e da Alemanha, no Brasil o combate à corrupção da Lava Jato, na verdade, foi concebido justamente para atacar as maiores empresas nacionais, no sentido de desmoralizar a Petrobrás para entregá-la mais fácil e destruir as grandes empreiteiras brasileiras, por serem concorrentes das americanas e seus aliados.
A farsa do combate à corrupção também atingiu os funcionários da Petrobrás, ativos e aposentados, que estão pagando no mínimo 13% de seus salários de forma vitalícia. Mesmo sem nunca terem sido gestores da Petros.
Nos EUA, na quebradeira de 2008, os fundos de pensão foram atingidos e muitos perderam suas aplicações e salário nas aposentadorias, no caso da Enron a perda foi total, mas principalmente porque a empresa faliu.(9)
No Brasil, muito pelo contrário da americana Enron que faliu, estamos falando da Petrobrás, a patrocinadora da Petros.
Pois é, na Petrobrás, os funcionários desenvolveram tecnologia inédita no mundo que, permitiu a descoberta do pré-sal (12). Por conta do pré-sal, a Petrobrás e esses funcionários ganharam, em 2015, em Houston, nos EUA, pela 3ª vez, o prêmio OTC, equivalente ao “Oscar” da indústria do petróleo.
E agora em 2020 ganharam pela 4ª o “Oscar” (10,15). E esses mesmos petroleiros premiados, ao invés de prêmio pelo Oscar, estão sendo levados à ruína pela atual administração por conta desse desconto da Petros, mesmo nunca tendo sido gestores do Fundo.
Ainda no sentido de diminuir a Petrobrás, o Globo, em editorial de 2015, escreveu: O pré-sal pode ser patrimônio inútil (8).
Em resposta à mídia, principalmente a Globo, o pré-sal é a maior descoberta petrolífera no mundo contemporâneo e no Brasil já responde por mais da metade da produção nacional de petróleo (14).
Fonte: 1 – https://super.abril.com.br/historia/os-aliados-ocultos-de-hitler/
3 – https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2511200802.htm
5 – https://www.conjur.com.br/2019-jan-16/eua-priorizam-recuperar-empresas-nao-punir-ex-procurador
6 – https://diplomatique.org.br/traidos-pelos-fundos-de-pensao/
8 – https://oglobo.globo.com/opiniao/o-pre-sal-pode-ser-patrimonio-inutil-18331727
9 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Enron
11 – https://www.ocafezinho.com/2017/04/03/lava-jato-destruiu-industria-naval-brasileira/
12 – https://www.youtube.com/watch?v=o_c_-9uso4c width:700 height:394
Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese.
MAZOLA
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