Por Edilberto José Soares

Parece um sonho a minha realidade…

Mas estou bem acordado e atenado com as atualidades, a velocidade louca destes nossos dias, as revoluções sociais, culturais, geopolíticas, as misérias da maldita guerra, O HOLOCAUSTO DE GAZA EM PLENO SÉCULO XXI, as inovações científicas e tecnológicas, as infinitas potencialidades e possibilidades que promete a inteligência artificial, inclusive a possibilidade da imortalidade para a raça humana, assusta todos os seres humanos conscientes da real transformação que estamos vivendo em todos os aspectos da vida na terra.

A minha vida em particular também vive este momento de transformação espetacular, que leva-me a acreditar que venci minha guerra particular, e que muito em breve estarei recebendo o troféu da vitoria. Após vinte nove anos de torturas, açoites, indiferenças, e crimes cometidos por agentes do estado criminoso sem direito, aonde representantes dos poderes constituídos para organizar, representar, e defender o povo brasileiro, mas, embriagados nas suas ganâncias e sede de perpetuação no poder, tornaram-se mais criminosos descarados e vís, do que os criminosos mais baixos da ralé.

Lembrando que eles juraram com suas mãos imundas sobre os cânones da fé e do direito, que zelariam pelo bem estar social das crianças, e dos anciãos, das viúvas, e dos órfãos, e principalmente dos que vivem a margem da miséria e do crime, e com seus atos e exemplos de gestores públicos, seriam os espelhos para o bem estar social de toda sociedade, porém, lamentavelmente após assumirem seus postos de autoridades, embriagados na maldição da ganância e embriaguez de poder, transformaram o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, a capital cultural do brasil, na matriz exportadora para todos estados e cidades brasileiras, todas as modalidades de crimes e putarias, transformando a nação neste puteiro que O Grande Poeta Cazuza já escancarava com talento, maestria, e autoridade.

A cerimônia de posse na ABLC aconteceu dia 18 de abril  na Faculdade Instituto Rio de Janeiro (FIURJ) no Centro da cidade do Rio. (Foto: Daniel Mazola / Tribuna da Imprensa Livre)

Eu, que nos últimos trinta anos, sendo vítima de cruéis crimes e perseguições destes criminosos, retratando todas as suas trajetórias criminosas em versos e poesias, mesmo sobrevivente dos piores açoites nas masmorras e celas imundas dos campos de concentração disfarçados de centros de ressocialização, sem opção de desistir, fui triturado, moído até a alma, mais como diria o escritor jornalista de Canudos – ” O Sertanejo É Um Forte, ” eu sou o cumprimento desta profecia.

Quem poderia imaginar que estaria eu aqui escrevendo esta matéria para ser publicada na coluna deste conceito veículo de comunicação, contando a minha Verdadeira História, na qualidade de Escritor Acadêmico da ABLC – Academia Brasileira de Letras do Cárcere, Cadeira Número 03, Patrono Martin Luther King, ressalto que tudo isto para mim são Conquistas Olímpicas, lembrando também que em breve será lançado também o nosso Podcast.

Estarei gravando o meu próprio Podcast, aonde espero entrevistar os policiais que participaram da minha prisão, meu advogado do primeiro processo, que na época que assumiu a minha defesa era conselheiro de direitos humanos, em Nova Iguaçu, e espero contar com a participação dos meus companheiros de processo, e outros sobreviventes companheiros destes anos de torturas, e agonia.

EDIBERTO JOSÉ SOARES – O Poeta da Favela, órfão desde a infância, passou 20 anos na prisão. Na detenção, se descobriu poeta e, desde que deixou o cárcere, se dedica à poesia. Seu primeiro livro foi lançado em 2022, ‘O Último Grito da Poesia’. Direitos Autorais Reservados Ao Autor.

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