Por Barreto Mendonça –
O vestiário do Flamengo vem gritando, apesar do silêncio dos jogadores e da Diretoria após nova derrota para o São Paulo. Um ambiente confuso no futebol rubro-negro e não é de hoje, canso de falar isso desde o final do ano de 2019.
A eliminação na Copa do Brasil, com muitos problemas de lesões de jogadores, é apenas um dos efeitos colaterais. Não há mais a união entre o elenco, muito menos dentro da diretoria. A teimosia na contratação do Dome, o pior que já passou pelo Flamengo, onde Marcos Braz insistiu mesmo sabendo que ele era fraco, veio a ruir por completo a qualidade do elenco do Flamengo. A insistência para manter o Dome por quase 40 dias, causou estragos irreversíveis no elenco. Quando o demitiram, já não havia mais tempo para nada, pois tiveram que buscar as pressas um “Quebra Galho”, pois Ceni foi o escolhido tão somente por todos saberem que ele viria no mesmo dia.
Até a saída de JJ, havia harmonia entre elenco, JJ, Marcos Braz e torcida.
O adeus do Português intensificou mudanças na pasta, e os atletas tentaram “Tomar as rédeas” diante do vácuo de poder. Jesus, centralizava todas as decisões, não deixou nenhum de seus métodos como herança, e o processo de reformulação do ano passado aumentou. Com Dome e a saída de Rafinha, desde então o dia a dia no Ninho do Urubu, passou por mudanças sensíveis. O lateral Direito era fundamental para a harmonia do grupo. Até ai, era comum a integração entre os cabeças do elenco (Rafinha, Felipe Luiz, Diego Alves e Diego Ribas), os mais novos e os mais velhos com churrascos com muito pagode e muita alegria.
Aquela harmonia que ajudou o clube a vencer quase tudo em 2019, acabou.
Alguns interesses pessoais começaram a surgir. Alguns atletas passaram a ter voz mais ativa na escolha de profissionais da comissão técnica que fez Braz ceder. Enquanto Marcos Braz indicou Diego Paiva seu fisioterapeuta que nunca havia trabalhado em clubes, os jogadores receberam o preparador físico Rafael Winick, personal de atletas como Diego Ribas, Felipe Luiz e Rodrigo Caio. Tannure tentava Oxigenar o setor com novas ideias. Demitiu o médico Gustavo Caldeira, que se destacava e era muito elogiado internamente mas precisou “engolir” o retorno de Marcelo Soares. Outros profissionais também saíram. Na verdade, pesaram para demissão a vaidade e a política interna. Tannure trouxe Fernando Bassam, amigo do Hospital Vitória, mas não conseguiu evitar o retorno do preparador físico Alexandre Sanz, outra indicação de Braz.
A influência sobre a comissão técnica não para por ai.
Diego Alves, ainda em processo de renovação de contrato, repreendeu a demissão do preparador de goleiros Nielson Elias e não queria mais trabalhar com o atual, Wagner Miranda. Marcos Braz vetou em meio as negociações. Braz indicou e trouxe Dome, sem ouvir os atletas. Não deu certo e o elenco não o recebeu bem, pois logo que iniciou os trabalhos no CT, todos notaram a total falta de qualidade mínima do treinador para comandar o Clube de Regatas do Flamengo. Dome vivia chegando atrasado, não treinava bem a equipe, não conseguiu dar um padrão de jogo, não sabia passar um esquema tático nem muito menos trabalhar os três setores do time, defesa, meio e ataque. Com a chegada do Ceni o elenco mostrou entusiasmo, mas Rogério chega com muitos entregues ao departamento médico, outros sem condições físicas e um racha entre os cascudos, os demais menos experientes e famosos e os que subiram do sub 20.
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