Por Daniel Mazola –
Com eleição marcada para dezembro, o Clube de Regatas do Flamengo respira os ares das articulações políticas de ano eleitoral.
Alguns sócios bem conhecidos do público certamente desejam se lançar na disputa que pode não ter no páreo a presença do atual presidente Rodolfo Landim, eleito com boa margem de votos em 2018. Na ocasião, Landim afirmou que estava decidido a permanecer por apenas um mandato.
Marcos Braz (vice-presidente de futebol), Rodrigo Dunshee de Abranches (vice-jurídico e geral do clube), Maurício Gomes de Mattos (vice-presidente de consulados e embaixadas), Gustavo Fernandes (vice-presidente do Fla-Gávea), Luiz Eduardo Baptista (vice-presidente de relações externas), Wallim Vasconcellos (ex-vice de patrimônio), Claudio Pracownik (ex-vice de finanças) são alguns dos nomes cotados para a disputa, mas só saberemos quais peças restarão no tabuleiro no mês de agosto aproximadamente, quando serão apresentadas e posteriormente homologadas as candidaturas, a eleição acontece em dezembro.
Correndo por fora, já como pré-candidatos estão os advogados Marco Aurélio Asseff e Paulo Victor Lima Carlos. Benemérito do Flamengo, Marco Aurélio vem como presidente e Paulo Victor como vice, os dois rubro-negros e advogados criminalistas se juntaram no início de 2021 para criar uma chapa e já conversam com os principais grupos políticos do clube sobre os temas mais importantes: gestão e finanças.
Essa semana, o advogado Marco Aurélio Cardoso Asseff foi eleito para presidir a Comissão Especial de Direito Desportivo do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil: “O Direito Desportivo tem na OAB um importante foro de debates. Como consultor nomeado para a Comissão Especial, poderei contribuir com a minha experiência de anos atuando na área em prol do Flamengo, sempre de forma voluntária. É um momento importante para a execução da nova lei que instituti o clube empresa no Brasil“, disse com exclusividade para o jornal Tribuna da Imprensa Livre.
Outro fato relevante que vem gerando muita polêmica e marcou a semana desportiva no Brasil, levou o advogado Marco Aurélio nesta quarta-feira (11) ao gabinete do presidente da Alerj, André Ceciliano. A decisão dos deputados estaduais do Rio de Janeiro de trocar o nome do Maracanã de Estádio Mário Filho para Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé, levou alguns torcedores do Flamengo a porta da Assembleia Legislativa com o intuito de reverter e conversar com o idealizador do projeto, o próprio deputado André Ceciliano.
O presidente da Alerj evitou o encontro com os torcedores, mas recebeu o representante Marco Aurélio Asseff, pré-candidato as eleições do Flamengo. Asseff fez os devidos questionamentos sobre o projeto, mas André Ceciliano disse que não volta atrás e que a decisão está nas mãos do governador. Ainda deu a seguinte desculpa: “Após a concessão, fazem o “Naming Rights” e colocam o nome de quem quiserem, até do Zico”. A licitação para administrar o Maracanã ainda está sem data confirmada.
Insatisfeito, Asseff corre contra o tempo para ser recebido pelo governador Claudio Castro para debater sobre o assunto. Ignorando a importância do jornalista Mário Filho, o deputado estadual, tetracampeão mundial com a seleção brasileira, Bebeto, também foi a favor e classificou a homenagem como “nada mais justo”.
Segundo Marco Aurélio Asseff: “A Lei Nº 6.454 sancionada no dia 24 de outubro de 1977 pode impedir a homenagem. A Lei diz que é proibido, em todo território nacional, atribuir nome de pessoa viva a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta“.
A família de Marco Aurélio Asseff advogou para o Flamengo por muitos anos. Michel Asseff, advogado criminalista e causídico aguerrido, obteve notoriedade e respeito dos torcedores do Flamengo quando esteve a frente da diretoria jurídica do clube. O pré-candidato a vice de Marco Aurélio, Paulo Victor Lima Carlos atuou por quatro anos como advogado das torcidas organizadas do clube rubro-negro.
Vale lembrar que o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello ainda é uma peça importante neste xadrez, com ele está o “SóFla”, principal grupo político de oposição, de volta ao comando. Marcos Braz foi eleito vereador, não deve concorrer, mas é um cabo eleitoral de peso e será outra peça importante no tabuleiro.
Claro que a empreitada dos advogados Marco Aurélio Asseff e Paulo Victor Lima Carlos não é simples, principalmente por conta da necessidade de apoio dos grupos majoritários do clube. Mas no território político do Flamengo, vence quem tem DNA rubro-negro, respeito dos conselheiros para articular alianças e trabalha em defesa do clube sem pedir nada em troca.
Isso os dois tem de sobra.
DANIEL MAZOLA – Jornalista profissional (MTE 23.957/RJ); Editor-chefe do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Consultor de Imprensa da Revista Eletrônica OAB/RJ e do Centro de Documentação e Pesquisa da Seccional; Membro Titular do PEN Clube – única instituição internacional de escritores e jornalistas no Brasil; Apresentador do programa TRIBUNA NA TV (TVC-Rio); Ex-presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Conselheiro Efetivo da ABI (2004/2017); Foi vice-presidente de Divulgação do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (2010/2013); Ex-conselheiro do Clube de Regatas do Flamengo.
MAZOLA
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Aprovaram recentemente empréstimo de R$ 35 milhões e isso mostra otimismo exagerado sobre previsão de receitas nessa temporada. Será que venceremos mais e mais, só assim o dinheiro entrou e entra nos cofres.
Diogo Dantas
Caso o senhor vença a eleição pretende trazer de volta o treinador Jorge Jesus??
Não vejo porque manter o goleiro Hugo como titular, além de verde não é confiável nas reposições de bola…
Mário Filho é o responsável por tirar o jornalismo esportivo da marginalidade. Com Mário Filho o futebol e os esportes, antes restrito às últimas páginas dos jornais e com uma cobertura supérflua, chegaram à primeira página.
Mário teve grande importância no desenvolvimento da cobertura esportiva e como incentivador do futebol no Brasil, a ponto de ser chamado pelo irmão Nelson de “o criador das multidões”. Nelson Rodrigues também escreveria que “Mário Filho foi tão grande que deveria ser enterrado no Maracanã”…
E essas bestas parasitárias da política não tem mais o que fazer???
Estádio jornalista Mário Filho sempre, para que as futuras gerações não se percam.