Por Alcyr Cavalcanti

Fotógrafos em vez de comemorar foram espancados e roubados neste domingo (8) por vândalos e terroristas em Brasília.

Poderia ser um dia de comemorações, almoços em família, reuniões em restaurantes com iguarias finas ou o velho e delicioso churrasco na laje. Mas na capital do poder, Brasília, ainda não conseguimos nos libertar de sete anos de trevas e muita dor. As nuvens negras da “Nova Era”, um arremedo do nazifascismo insiste em atacar a Democracia.

Força Nacional está no Congresso — Foto: Reprodução

Em um arremedo da famigerada Invasão do Capitólio quiseram fazer uma edição à maneira tropical e resolveram quebrar tudo no Palácio do Planalto, STF e no Congresso deram um enorme prejuízo. Na primeira semana de um governo democraticamente eleito nas urnas, grupo de bolsonaristas radicais, uns equivocados e outros bandidos desocupados que deveriam estar na cadeia orientados e pagos por empresários que não querem perder as benesses e o dinheiro que está enfurnado em algum paraíso fiscal, fortunas que conseguiram em contratos fraudulentos por políticos que só querem mamar nas tetas da nação.

Foto de Gabriela Biló, publicada em O Globo. (Reprodução)

Pior é que algumas pessoas inocentes acreditam nas mentiras deslavadas que as funestas redes sociais disseminam dia e noite. Para os fotógrafos e todos que trabalham com imagens foi um dia de muita dor. Foram ameaçados, espancados e tiveram seus equipamentos roubados, sim roubados por ladrões que atingiram mais de dez profissionais. Mas não adiantou a sanha dos pretensos manifestantes, no fundo apenas vagabundos e ladrões que mais cedo ou mais tarde sentirão o peso da lei.

As imagens que estão em todos os veículos e ficarão para a história, servirão para mostrar exatamente o que aconteceu no “Dia do Fotógrafo”.

Bolsonaristas sobem no Congresso Nacional, em Brasília — Foto: Afonso Ferreira/TV Globo

Terroristas e Ladrões travestidos de manifestantes insatisfeitos, não adianta espancar, quebrar, roubar, sempre haverá alguém para registrar o malfeito, o crime, pelo registro em imagens que ficarão para sempre em nossa memória. Haverá um dia, um belo domingo em que esperamos, seja breve, e assim poderemos comemorar não só no Dia do Fotógrafo, mas comemorar todos os dias, pois nossa tarefa é estar sempre atento a qualquer hora do dia ou da noite registrando as situações mais diversas que acontecem nos quatro cantos do planeta.

Por enquanto mais de 1500 pessoas que se dizem manifestantes foram presas. Todos esperam que sejam julgados e condenados na forma da lei.

ALCYR CAVALCANTI – Jornalista profissional e repórter fotográfico, trabalhou nos principais jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo e em agências de notícias internacionais. Bacharel em Filosofia pela Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ) e mestre em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Presidente da ARFOC, professor universitário, ex-secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.

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