Por Guilherme Kroll –
Confesso que estou de quarentena rubro-negra, em casa… aos prantos.
O culpado do meu choro convulsivo é o Bandeira.
Péra aí!
Deixa explicar melhor.
Estou me referindo à Nemo Bandeira.
Acabei de assistir ao super seriado espanhol… “Vivir Sin Permiso”, ou “O Sucessor”, em português.
O personagem principal, um narco-traficante experiente, com Alzheimer… conquista o amor e a admiração de todos nós… pela grandeza das suas atitudes e valores.
Por falar em Bandeira…
Nosso ex-presidente anda mais para Nemo… do que pra Bandeira.
E esse Nemo anda fazendo “campaña sim permiso”.
O Conselho Deliberativo do Flamengo deveria votar determinadas condições mínimas de grandeza para um sujeito assumir a presidência do clube.
Será que só eu entendi o que o Bandeirinha quis dizer… quando falou que pensa que na sua gestão não teria acontecido o curto-circuito no Ninho?
É bem capaz de que sua única intenção tenha sido se defender… dizendo que havia um plano para realocar, imediatamente, os meninos da base no módulo profissional dos alojamentos, caso não houvesse troca no comando do clube.
O que ele não disse… é que sua gestão criou uma roleta russa no Flamengo.
Não havia alvarás, licenças, certificados… e sobravam notificações estatais, em todas as sedes rubro-negras.
A Gávea, por exemplo, passou todo o primeiro ano da Gestão Landim em reforma estrutural. Conseguiu um alvará dos Bombeiros que deveria ser comemorado igual ao título da Libertadores.
A manutenção dos ares condicionados, elevadores, equipamentos de gás, etc…, até 2018, era realizada sem a responsabilidade que um Flamengo merece.
A tragédia poderia ter acontecido em qualquer lugar do Ninho… ou da Gávea.
E pelos mais diversos motivos.
Se sua gestão transferisse os atletas da base de local… provavelmente haveria outras pessoas dormindo naqueles containers. Funcionários, atletas em experiência…
ou quem quer que seja.
A inauguração do CT foi antecipada por questões eleitorais.
Os grandes líderes são aqueles que conseguem agregar outras pessoas às suas ideias, influenciam positivamente o sistema em que estão inseridos e contribuem para o crescimento de todos a sua volta.
O seu verdadeiro sucesso é o legado que constrói durante o exercício de sua missão.
O Flamengo é uma das maiores nações em potencial do mundo… e sempre mereceu ser comandada por um grande estadista.
Em 2012, uma seleção de notáveis empresários rubro-negros de sucesso estruturou um projeto para conduzir o Mais Querido, definitivamente, para outro patamar.
Um marketing agressivo (até demais…) desconstruiu todas as gestões anteriores do clube.
Landim, Bap, Pracovnik, Tostes, Dunshee… entre outras grandes feras, geraram um modelo de gestão esportiva que anda enlouquecendo muita gente.
Infelizmente, por questões de disponibilidade estatutária, galgaram um “Rubinho” à presidência.
Uma pessoa honesta, correta, porém… mínima!
Não podia dar certo.
Nosso Rubinho atrasou o sucesso por 3 anos.
Em 2015, o Flamengo já possuía engenharia financeira para ser campeão de tudo.
Nosso pequeno presidente preferiu brincar de futebol
Fêz negócios desastrados com atletas que cheiravam fracasso.
Repeliu todos seus vice-presidentes (até o estatutário…) e se embasou num grupo político odiado na Gávea. Saiu da cadeira pela porta dos fundos…
Agora, quer ser prefeito do Rio. Teoricamente, isso deveria ser bom para o Flamengo. Só que o Rio não merece.
Aliás, tem gente boa querendo punição dentro do clube. Penso diferente.
Torço até para ele nascer forte nas pesquisas eleitorais.
Será um prato cheio para Paes, Crivella, Freixos, Garotinhos e cia.
Não pode haver punição melhor do que assisti-lo num debate com gente graúda.
Acho que vai sobrar bananas para muita gente.
GUILHERME DE LIMA KROLL é empresário, presidente da KROLL Produções e Marketing, técnico em Basquetebol (formado na USP/1990 – 1991), professor de Educação Física (Licenciatura pela UERJ/1978 – 1984), editor do blog ‘Para Quem Entende de Flamengo’ e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Ex-diretor de marketing na empresa Macaé Esporte Futebol Clube e Coordenador na empresa Serra Macaense Futebol Clube. Atuou no Futebol profissional do Macaé Esporte FC, Futebol profissional do Volta Redonda FC, Basquete da LB Cabo Frio, Basquete da LB Macaé, Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro – 5 anos no Triângulo Mineiro, 10 anos em São Paulo, 10 anos no CR Flamengo, 2 anos no Botafogo FR. Inúmeras vezes campeão brasileiro: Flamengo, Vasco, Telemar, seleções estaduais, masculinas e femininas.
MAZOLA
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Xexéo, cronista da verdade e da ironia
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