Por Iata Anderson –
Essa frase, talvez a mais idiota inventada por alguém sem caráter, um canalha, virou jargão de muita gente, que talvez não tenha parado para entender seu conteúdo.
Claro que uma pessoa, ser humano, não pode ser um baú, mesmo entendendo tratar-se de uma “licença”, como diria o poeta. Jorge Jesus não ligou muito para o ocorrido e se meteu numa fria, falando mais que devia, num lugar nada próprio para soltar a língua. Foi infantil demais e pagou caro, fechando quase todas as portas que estavam escancaradas para sua volta ao Flamengo. Se meu voto valesse seria contra, pela falta de caráter demonstrada na tal reunião, nenhuma habilidade para lidar com gente que não se considera “baú”. O tal local, combinado por agente desconhecido (quem teria arranjado essa tal resenha?) ainda guarda outros segredos. Qual seria o objetivo ao expor o técnico português? Esse episódio me lembrou o perrengue que passei no México, durante a copa de 1986, para encontrar a tradução de “Covil dos Coiotes”, em Nahuatl, antiga língua dos astecas. Não sei porque me ocorreu essa dúvida agora.
Pedro Vuaden começou bem até se deixar levar pelo “chefe”, quando passou a administrar o jogo, no lugar de aplicar a lei, advertir, se impor. Hoje dá a mão para levantar jogador, usa a prepotência de quem não se impõe pela qualidade e utiliza o cartão, sem necessidade, para mostrar uma autoridade que não tem. Aliás, só vejo essa qualidade no Raphael Claus, que considero o melhor do Brasil disparado, tenho dito. Os demais, continuam lutando contra a maré, tentando agradar aqui, alí, acolá, não pode dar certo. Laterais são batidos erradamente, todo pênalti tem que conversar com o goleiro – não sei o que – na barreira avisam para não deixar a bola bater nos braços, etc. A “cera” cada dia mais aperfeiçoada, impunimente. Todo mundo sabe que goleiro quando cai do nada é para “esfriar” o jogo. Gatito, contra o Flamengo, ficou com a bola mais de 10 segundos e o marombeiro deixou passar batido. Pensei que jogador fosse obrigado a saber as regras.
Ou será para mostrar a publicidade nas camisas?
Jogador brasileiro chuta muito mal, não treina para isso, perde muitas oportunidades, não se preocupa em ajeitar o corpo, pé de apoio perto da bola, vai do jeito que vier. O resultado todos conhecem. Pelo jeito não vai mudar nunca. Outro dia vi um frango do Muralha, do Coritiba, que deve ter deixado Pelé conversando com seus botões. “Tem que chutar no gol, são 17.860 m2, não dá para errar, vai que o goleiro falha”. Também ri, na hora, lembrando do Rei. Pior que isso só os impedimentos, alguns times chegando a dois dígitos, impressionante. O jogador, último de cima para baixo, na tela, vê todo mundo à sua frente e dispara para chegar primeiro, está impedido, claro. Aliás, o pessoal da televisão deveria estudar as regras para saber que “posição de impedimento” é uma coisa, “impedido” é outra.
Custa ver o livrinho de regras?
Muito bom ver alguns “profissionais” da mídia quebrando a cara. Falo daqueles que se importam somente com notícias rasteiras, tipo fofoca, pouco preocupado em apurar, ouvir os dois lados e informar, como manda o manual do jornalismo. O papo da vez foi o tradicional “passillo de honor”, simbólica homenagem aos campeões, tradicionalmente respeitada na Espanha. Real x Atlético fizeram o “derby” de Madrid, no Wanda Metropolitano que recebeu os campeões da temporada 2021-22, sem as homenagens. Foi papo toda a semana – lá como cá – os carinhas loucos por uma declaração que rendesse mais uma semana, pelo menos. “Respeitamos o clube, jogadores, técnicos, torcida, mas o Atlético já se manifestou contrário ao “passilo”, respeitando nossos torcedores”, disse Diego Simeone. Ancelotti também cortou o mal pela raiz. “Na itália não existe isso, aqui é uma tradição. Se eles não querem fazer respeitamos, é um direito deles”. O tiro saiu pela culatra.
O Atlético não fez o corredor (tradução) e ainda venceu o jogo por 1×0 contra o campeão que começou o jogo com apenas três titulares.
IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.
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