Por Iata Anderson –
Ou pelo menos parece.
A gente paga pra ver os jogos (TV fechada), paga pra ver os jogos que eles querem (Premier), e nisso tudo vem embutido jogos de péssima qualidade, jogadores idem, arbitragem abaixo da crítica e um novo idioma que, no futuro, nos obrigará a voltar ao ensino fundamental e matricular nossos filhos e netos em cursos especiais. Stanislaw recriaria o samba do “afro-descendente” com baianas, paetês e serpentinas.
Enquanto o bichinho anda solto matando milhares de seres humanos a cada dia. Fala-se na volta do Rock in Rio, Reveillon, Carnaval, praias liberadas, engarrafamentos monstros para o litoral paulista, Região dos Lagos e Sul Fluminense como se nada estivesse acontecendo.
De repente, do nada, surge o cidadão Rodallega (foto abaixo), completamente desconhecido e mete quatro gols no excelente Fortaleza, desde cedo frequentando as primeiras posições, longe de ser chamado de “cavalo paraguaio”. Gols bonitos, acrescente-se, com estilo, viralizando o anônimo sr. Hugo Rodallega, colombiano, 36 anos, seu primeiro jogo completo no tricolor baiano, dos cinco em que esteve em campo. Caiu um raio em Pituaçu e o cara entrou para a história com a melhor marca brasileira em uma só partida na temporada.
Coisas do futebol, diria o poeta.
As arbitragens continuam atrapalhadas, confusas, árbitros ultrapassados, mal orientados, medrosos, separando brigas. Continuam “empurrando” o jogo como lhes convém, parando para respirar, encurtando o tempo de jogo em alguns casos ultrapassando os vinte minutos, um escândalo. O cidadão paga para ver 90 minutos e é lesado a cada partida. Seria caso de acionar o Procon? Ainda contam com a parceria dos ex-colegas, hoje na “central do apito”, sem nenhuma utilidade a não ser o ridículo corporativismo atuante. Tudo um engodo que nada soma ao futebol. Uns “apitam tudo”, atropelam as vantagens – parece ser a moda atual – outros deixam rolar, dependendo do seu preparo atlético. A “cera” ninguém coíbe. Goleiros caem quando querem, sem ter nada, ficam deitados o tempo que necessitam para esfriar o adversário ou descansar seus companheiros e nunca se viu um cartão amarelo para aquelas vergonhosas simulações.
A mídia calada, como sempre, raríssimas são as exceções.
Ilustrando a semana de grandes jogos na Europa, mais uma marca histórica (para a mídia qualquer gol é golaço e histórico), de Cristiano Ronaldo, o insaciável CR7, agora com a camisa de Portugal. Não bastasse ter virado um jogo com dois gols a cinco minutos do fim, tornou-se o maior artilheiro de seleção em todo o planeta, somando 111.
Fechando o domingo, um inusitado Brasil x Argentina, para o meu gosto o maior clássico do futebol mundial, que foi impedido com os times já em campo jogados cinco minutos, tudo prontinho pra vermos mais um Messi x Neymar. Coisas da pandemia, ou parte dela. De verdade houve descumprimento do protocolo e os fiscais da Anvisa entraram em campo e melaram o jogo.
Dessa vez, ao que parece, diante de tantas informações e conversa fiada, parece que o Brasil mostrou que tem jeito. A lei foi cumprida, sem jeitinho e o abacaxi fica para a Conmebol descascar. Ou a Fifa.
IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.
Tribuna recomenda!
MAZOLA
Related posts
Editorias
- Cidades
- Colunistas
- Correspondentes
- Cultura
- Destaques
- DIREITOS HUMANOS
- Economia
- Editorial
- ESPECIAL
- Esportes
- Franquias
- Gastronomia
- Geral
- Internacional
- Justiça
- LGBTQIA+
- Memória
- Opinião
- Política
- Prêmio
- Regulamentação de Jogos
- Sindical
- Tribuna da Nutrição
- TRIBUNA DA REVOLUÇÃO AGRÁRIA
- TRIBUNA DA SAÚDE
- TRIBUNA DAS COMUNIDADES
- TRIBUNA DO MEIO AMBIENTE
- TRIBUNA DO POVO
- TRIBUNA DOS ANIMAIS
- TRIBUNA DOS ESPORTES
- TRIBUNA DOS JUÍZES DEMOCRATAS
- Tribuna na TV
- Turismo