Redação –
O movimento sindical viu lideranças importantes fracassarem nas eleições. Nomes como Antonio Neto (PDT), Paulinho da Força (Solidariedade), Vicentinho (PT) e Chicão da Bancada Trabalhista (Solidariedade) não foram eleitos, para surpresa dos grupos sindicais que comandam.
De 48 nomes indicados pela CUT (Central Única da Trabalhadores) para cargos de deputado estadual, federal e senador, apenas quatro foram eleitos: Gabriel Magno (PT, deputado distrital no DF), Luiz Claudio Marcolino (PT, deputado estadual em SP), Professora Bebel (PT, deputada estadual em SP), e Bia de Lima (PT, deputada estadual em GO).
Os sindicalistas encontram dois motivos para a crise eleitoral do grupo: de um lado, a estigmatização e a desarticulação do sindicalismo por parte de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados; de outro, a ascensão de parlamentares de esquerda ligados à pauta identitária, como movimentos LGBTQIA+ e negro, que têm tomado votos dos representantes da agenda trabalhista. (Fonte: Folha de SP)
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Conheça a pauta conservadora do novo Congresso
A eleição de representantes desse pensamento ao Poder Legislativo federal é demonstração de força dessa vertente política no País.
Na Câmara dos Deputados, os partidos que elegeram parlamentares com essa linha de pensamento político, aumentaram de 210 para 259 representantes.
No Senado, a direita também aumentou o número de representantes: 22 para 36.
Polarização esquerda x direita – Como efeito da polarização nacional, a esquerda também cresceu em relação à representação no do Parlamento para 2023. Esse matiz política aumentou, de 73 para 94 deputados federais eleitos, e, no Senado, de 6 para 9, que representam os partidos ligados à esquerda na Casa.
A centro-direita, centro e centro-esquerda reduziram, em relação à última eleição na Câmara, ressalvada a centro-direita no Senado, que aumentou em relação ao pleito de 2018.
A centro-direita e centro, comparado ao centro-esquerda, tiveram as menores reduções na representação.
Na Câmara, a centro-direita caiu de 94 para 73; o centro de 76 para 56; e a centro-esquerda, de 60 para 31. No Senado, a centro-direita aumentou de 13 para 20 senadores, e o centro diminuiu de 29 para 12; e a centro-esquerda, de 11 para 4 parlamentares.
Agendas no Congresso – Pautas como a descriminalização do aborto, o homeschooling e união homoafetiva terão mais força nos debates, por crenças religiosas, e não por necessidade de direitos ou políticas públicas com amparo do Estado.
O meio ambiente também pode sofrer impactos com essa nova composição. Alinhados com o pensamento conservador nos costumes e neoliberal no campo econômico, alguns parlamentares chegam ao Congresso são favoráveis à diminuição das terras indígenas, para que possam ser liberadas para o plantio.
Outro ponto agressivo ao meio ambiente é a possibilidade de autorizar e ampliar a comercialização de mais agrotóxicos no País, além de a possibilidade de flexibilizar a fiscalização em relação aos processos de preservação das matas, rios, entre outros.
Ainda nesse campo chamado ideológico, associam-se parte significativa da bancada de segurança, com discurso do combate à corrupção, apoio ao excludente de ilicitude e outros temas corporativos, que fazem parte da pauta e podem ter reforço nas bancadas eleitas na Câmara e no Senado para a próxima legislatura – 2023-2027.
Conheça as principais proposições em tramitação no Congresso, que tratam das demandas ideológicas do campo conservador. Esta é, em grande medida, a pauta que Bolsonaro não conseguiu viabilizar na atual legislatura. Todavia, se for reeleito, com o perfil do Congresso que emergiu das urnas neste ano, terá mais condições de levar a cabo.
(Fonte: DIAP)
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