Redação –
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), avalia que as recentes manifestações populares contra Jair Bolsonaro, apesar de “significativas”, poderiam ter sido ainda maiores se uma parcela dos chamados “moderados” também estivesse mobilizada e disposta a sair às ruas.
“Simbolicamente, foi pouco plural”, disse. “Não estou tirando a legitimidade dos protestos, pelo contrário. Nas ruas, estavam os antibolsonaristas de esquerda, mas tem um Brasil no meio disso, acho até que majoritário”, afirmou Ramos à Coluna.
ATOS ESTREITOS – “As esquerdas no Brasil insistem em atos estreitos, que não mobilizam uma parcela dos moderados, insatisfeita com Bolsonaro”, afirma Ramos, que, apesar de ocupar a vice-presidência da Câmara por um partido da base do governo, mantém olhar sempre muito crítico sobre Bolsonaro.
Mesmo Marcelo Ramos não tendo participado dos atos, a frase dele que se tornou um bordão foi vista em quase todas as manifestações: “vacina no braço e comida no prato”.
“Não há país que assista passivo às quase 500 mil mortes, quase 15 milhões de desempregados, 19 milhões com fome e 800 mil micro e pequenas empresas fechadas”, disse. Para ele, só “turbinando” o Bolsa Família, Bolsonaro consegue se recompor a tempo.
Fonte: Estadão
MAZOLA
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