Redação –
O governo brasileiro deve apoiar o governo americano em caso de retaliação do Irã em razão do ataque que matou o general Quassim Suleimani, comandante da Força Quds, unidade da Guarda Revolucionária do Irã. Um assessor do presidente disse ao Estadão não ter dúvidas, até em razão das relações entre os países e de seus presidentes, de que o “Brasil vai ficar do lado dos Estados Unidos”. A possibilidade de um conflito, porém, é classificada “pouco provável”.
A análise feita pelos militares brasileiros começa por uma constatação: mais importante do que os Estados Unidos demonstrarem as razões que levaram ao assassinato do general é o Irã explicar o que Suleimani estava fazendo em Bagdá, comandando tropas.
COMPARAÇÃO – Eles compararam a situação com a de um general brasileiro sendo flagrado comandando tropa às escondidas em Buenos Aires. A visita de Suleimani, dizem, não era uma “visita oficial”.
“Essa é uma situação que estava sendo acompanhada há tempo. Não se atinge um alvo móvel sem observação anterior para saber que, de fato, ele está ali. É preciso que a inteligência conheça os hábitos do alvo, que tipo de deslocamento ele fazia, com quem se encontrava e falava”, afirmou um general. A ação americana serviu – segundo a análise dos militares, para recuperar o caráter dissuasório de seu poder, desafiado por ações orquestradas recentemente por Suleimani na região.
NUM PAÍS-CHAVE – Para eles, portanto, era evidente que a missão do iraniano era hostil aos Estados Unidos em um país-chave – o Iraque – para a estabilidade do Oriente Médio. A análise dos militares é de que os Estados Unidos consideraram que o Irã havia passado todos os limites, escalando com sua atuação, vários conflitos na região, contrariando não só interesses americanos, mas também patrocinando o ataque a alvos dos EUA e de seus aliados na região.
Na análise dos generais, a morte de Suleimani é vista como um fato relevante, mas não definitivo. Acredita-se que ele não será suficiente como pretexto para uma guerra, até em razão da assimetria das forças oponentes.
NAVIOS BRASILEIROS – No caso do Brasil, preocupa ainda o governo e os militares a situação das embarcações brasileiras na região e não apenas as que se dirigem aos portos do Irã, com quem o País mantém relações de comércio.
O estreito de Ormuz é a mais importante rota marítima comercial do Oriente Médio e poderia ser fechado. A Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme), por meio do Observatório da Praia Vermelha, órgão do Instituto Meira Matos, criou um grupo para acompanhar o desenvolvimento da crise.
Os militares brasileiros acompanham a situação atual das Forças Armadas do Irã por meio de informações recebidos pelo adido de defesa em Teerã – um coronel do Exército.
DIFICULDADES – Sabe-se que o Irã tem dificuldade em obter peças de reposição para seus equipamentos e dependeria de fornecedores externos, como Rússia e China, o que limitaria ainda mais a possibilidade de a liderança iraniana optar pelo conflito.
Restariam, portanto, abertos cenários como o uso de grupos terroristas financiados pelo Irã para atacar alvos americanos ou uma retaliação contra Israel ou, a mais temida das ações, uma ação de Teerã contra o transporte no estreito de Ormuz. Outra hipótese é que a liderança iraniana use o ataque para justificar a retomada do programa nuclear militar, a fim de que a bomba atômica sirva de instrumento de dissuasão a futuras ações contra o país.
Fonte: Estadão, por Marcelo Godoy
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Não é que o Islã de hoje, seja pior ou melhor que o Islã da idade das Trevas ou do Império Otomano. A questão é que o Islã é o mesmo sempre. Não é por acaso. Dizer que qualquer coisa no Islã seja errada é crime, sempre punido com a morte. Isto vale tanto para islâmicos, como não islâmicos.
Uma vez conquistada a posição de poder global, algo que o Islã teve já no século VII, restou ao resto do mundo, duas opções:
1- Conter o Islã, algo que católicos da Espanha fizeram, vários séculos atrás. E mais recentemente os judeus de Israel também fizeram.
2- Ser derrotado pelo islã e depois passar a fazer parte dele. Como exemplo disto, temos: afegãos, indonésios, jordanianos, libaneses, líbios, senegaleses, paquistaneses, sírios, sudaneses, etc.
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Há inúmeros povos, que já foram cristãos e depois viram povos islâmicos: argelinos, egípcios, libaneses, líbios, marroquinos, sírios, etc.
Ao longo da história, jamais povo algum, uma vez convertido ao Islã, deixou esta religião. Um povo praticante do islamismo pode até ser obliterado, como foram os mouriscos do sul da Espanha, mas obliteração, não é apostasia.
Não há nenhum, repito nenhum povo islâmico, que tenha deixado o Islã. Veja o caso da Argélia, que esteve sob colonização francesa por mais de cem anos e, após esta colonização francesa, os argelinos seguiam cerca de 100% islâmicos.
Comparando, a ilha de Granada estava sob um regime comunista, em 1983. Ela foi invadida pelos americanos e, o comunismo sumiu das mentes dos granadinos, para sempre. Noutra comparação, existiu um regime comunista na Polônia, por mais de quarenta anos. Depois que o regime comunista polonês caiu de podre, em 1989, o comunismo sumiu da Polônia. Por que o comunismo morreu tão rápido na Hungria e Polônia, mas o islamismo, nem sequer se reduziu na Argélia, mesmo após mais de cem anos de governo francês?
Acima de tudo, o Islã é uma fé transcendente, que promete um paraíso eterno, com muita mulher nua, a quem segue a ele. Ao mesmo tempo, o Islã ameaça com um inferno de torturas e horrores eternos, a quem não é islâmico. A morte é um destino certo para todos e, o Islã usa o medo como ferramenta, para se manter nos corações de seus fiéis.
Sim, havia medo do comunismo, na Hungria e Polônia, décadas atrás. Tão logo as polícias secretas comunistas sumiram de vista, acabou qualquer base social ou política, para o comunismo na Hungria e Polônia. A derrota militar varreu tanto o nazismo da Alemanha e o fascismo da Itália de 1945, como também varreria o comunismo da ilha de Granada, em 1983. Por outro lado, a derrota militar não acabou com o Islã da Argélia do século XIX, nem acabou com o Islã da Faixa de Gaza no século XX, nem acabou com o Islã do Afeganistão no século XXI. A diferença é simples. Religiões seculares, como comunismo, fascismo e nazismo podem ser varridas do mapa, com uma derrota militar. Com o Islã, a derrota militar, não significa sua dissolução; podendo nem sequer significar sua decadência.
Concluindo tudo, eu mostro aquilo que o famoso inglês Winston Churchill (1874 – 1965 ), no livro “The River War”, primeira edição, Volume II, páginas 248 a 250:
“Quão terríveis são as maldições que o maometismo dedica aos seus devotos!
Além do frenesim fanático, que é tão perigoso num homem como o é a hidrofobia num cão, não existe neles a apatia fatalista do medo.
Os efeitos são evidentes em muitos dos seus países: hábitos imprevisíveis, desleixados, inexistência de sistemas modernos para a agricultura, métodos lentos de comércio, e insegurança da propriedade são sempre características com que os seguidores do Profeta se defrontam, ou sob as quais vivem.
O sensualismo degradante priva as suas vidas de graça e de requinte, e afasta-os da dignidade e de qualquer santidade.
O facto de que, no direito muçulmano, cada mulher deve pertencer a um homem como sua propriedade absoluta, seja ela uma criança, uma mulher adulta, ou uma concubina, faz atrasar a extinção final da escravidão dos dogmas da fé do Islão e contribui para que o islamismo não consiga ser um grande poder entre os homens.
Os muçulmanos individualmente podem mostrar qualidades esplêndidas, mas a influência da sua religião paralisa o desenvolvimento social daqueles que o seguem. Não existe nenhuma força retrógrada mais forte no mundo.
Longe de ser moribundo, o islamismo é uma fé militante e proselitista.” > http://parquedospoetas.blogspot.com/2017/05/islao-winston-churchill-e-religiao.html