Por Pedro do Coutto –
Na tarde de segunda-feira, o presidente eleito, Lula da Silva, e o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, discursaram na solenidade de diplomação exaltando a vitória da democracia contra as forças que pregam um golpe militar e uma ditadura.
À noite, entretanto, bolsonaristas praticaram, na capital do país, atos de vandalismo, incendiando veículos e tentando até invadir a sede da Polícia Federal. Eles ameaçaram também tomar de assalto o hotel no qual Lula e Geraldo Alckmin encontram-se hospedados.
REPERCUSSÃO – Os assuntos tiveram grande destaque na imprensa. Sobre a solenidade de diplomação, a matéria no O Globo foi de Mariana Muniz, Jeniffer Gularte, Bruno Góes, Sérgio Roxo, Alice Cravo e Daniel Gullino. Na Folha de S. Paulo, de Mateus Vargas, Marcelo Rocha e Catia Seabra. No Estado de S. Paulo, de Felipe Frazão, Weslley Galzo e Daniel Weterman. O episódio do vandalismo bolsonarista foi muito bem focalizado na reportagem de Patrick Camponês e Bruno Góes, O Globo.
As reações do governo de Brasília e do Ministério da Justiça não foram incisivas na mesma dimensão dos atentados. Eles indicam o desespero antidemocrático que envolve as correntes que se voltam contra o resultado das urnas e a democracia brasileira. A impressão que o episódio deixa é a de que outras ações desse tipo poderão se repetir caso o governo do país não adote um comportamento firme e direto contra o vandalismo.
A democracia foi exaltada na solenidade de diplomação de Lula da Silva e Geraldo Alckmin. É preciso que as palavras do presidente eleito e do presidente do TSE causem o efeito desejado no cenário de Brasília.
INFLAÇÃO – Enquanto o IBGE em mais um esforço de contabilidade está encontrando uma inflação de apenas 5,8% para este ano, o presidente Jair Bolsonaro – reportagem de Idiana Tomazelli, Folha de S. Paulo – editou Medida Provisória elevando o salário mínimo em 7,4%, fazendo com ele se eleve para R$ 1302 a partir de janeiro.
O presidente eleito Lula anunciou um piso de R$ 1320, significando um aumento de praticamente 8%. Esse aumento nominal vai incidir sobre o reajuste dos 37 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que ganham de um a cinco salários mínimos. Digo de um a cinco pois o teto de aposentadorias e pensões é de cinco pisos salariais.
O IBGE não leva em conta o aumento real de preços da alimentação, dos aluguéis, dos remédios, dos transportes. No caso da alimentação, baseia os seus cálculos nos preços mínimos dos supermercados para cada produto, mas esquece que para praticar esses preços mínimos os consumidores têm que ir a três ou quatro supermercados todos os dias, pois há uma estratégia de venda que faz com que num supermercado o feijão esteja mais barato, no outro o arroz com preço menos, num terceiro a batata mais em conta.
PEDRO DO COUTTO é jornalista.
Enviado por André Cardoso – Rio de Janeiro (RJ). Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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