Por Kleber Leite –
Flamengo 2 x 2 Resende.
Ganhar, perder ou empatar, no que diz respeito ao Campeonato Carioca, era o menos importante, pois não há como o Flamengo não terminar esta Taça Guanabara, ao menos, em segundo lugar. Se assim ocorrer, pegaremos o terceiro colocado com vantagem de dois mandos de campo e, vantagem se houver empate no saldo de gols.
Mesmo que haja uma zebra descomunal, com o Flamengo em terceiro ou quarto, temos elenco infinitamente melhor para atropelar na fase que será decisiva.
Os problemas são outros, já de olho em Libertadores e Campeonato Brasileiro.
Tudo está meio bagunçado, onde ninguém sabe quem é quem.
No gol, ocorre aquela velha história de que o melhor é o que não está jogando. Nesta partida, Diego Alves foi infeliz no primeiro gol e, dividiu com Fabrício a trapalhada no segundo tento do Resende. Visivelmente, Diego Alves está sem ritmo de jogo e, pior: sem confiança, o que é fatal para um goleiro.
Não entendi o fato de – novamente – Marinho não ter entrado. Como opta o nosso Portuga por um esquema com três zagueiros, poderia Marinho ter jogado no lugar de Rodinei, não só pela fragilidade do adversário, como pela necessidade, em função de placar adverso.
Até agora não deu para carimbar as ideias do treinador, seja pelo aspecto tático, como nas respostas individuais.
Fabrício, recém-contratado, nada que anime.
Éverton Ribeiro, como ala esquerdo, deixa saudade do atacante faz tudo, pelo lado direito.
Andreas, muito pouco inspirado na armação e, Gabigol, muito infeliz nas finalizações.
Aliás, incrível a quantidade de gols perdidos pelo nosso time. Não fosse o talento de Arrascaeta, autor de novo golaço, teria sido complicado ter chegado ao empate.
Há quem defenda a tese de que o treinador tem todo direito de fazer experiências no Campeonato Carioca, visando as competições mais importantes. Tudo bem, mas não custa lembrar que no Estadual, para quem chegar aos jogos finais, restam apenas seis partidas e, até agora, as “novidades” introduzidas não são animadoras visando um futuro imediato.
Caramba, será tão complicado dirigir um elenco tão qualificado como o do Flamengo?
Será tão complicado concluir o que seja o melhor, até porque, já vimos este filme?
Desculpem a franqueza: a primeira qualidade para comandar este elenco é não atrapalhar. A segunda é não inventar. A terceira… ter um pouquinho de sorte.
Simples assim…
KLEBER LEITE é jornalista, radialista, empresário, dirigente esportivo e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Fundador da Klefer Marketing Esportivo em 1983.
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