Redação

A juíza substituta da 1ª Zona Eleitoral de Belém, Andréa Cristine Correa Ribeiro, determinou a soltura do ex-senador emedebista Luiz Otávio Campos, preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira sob suspeita de ter captado recursos de caixa dois provenientes das obras da hidrelétrica de Belo Monte. Os recursos, segundo as investigações, teriam abastecido a campanha de 2014 do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

Após o cumprimento da prisão temporária e de mandados de busca e apreensão contra Luiz Otávio, a juíza substituta entendeu que a operação cumpriu seus objetivos e que o ex-senador poderia responder à investigação em liberdade. A prisão havia sido decretada por outra magistrada, Danielle de Cassia Silveira, titular da zona eleitoral.

COMEÇOU NO STF – A investigação teve início no Supremo Tribunal Federal, mas foi desmembrada para a Justiça Eleitoral do Pará na parte específica sobre o caixa dois da campanha do governador do Pará. Os mandados foram autorizados pela 1ª Zona Eleitoral de Belém.

Executivos da Odebrecht relataram pagamento de R$ 1,5 milhão em caixa dois à campanha de Helder Barbalho em 2014. Segundo os depoimentos, foram realizadas entregas de dinheiro no valor de R$ 500 mil em endereços ligados a Luiz Otavio Campos.

Os empreiteiros revelaram em depoimentos que Luiz Otávio Campos foi indicado por integrantes do MDB como o responsável por arrecadar valores desviados da obra de Belo Monte. recursos, mas ele não foi alvo desta ação no Pará.

MÁRCIO LOBÃO  – A Polícia Federal também já apontou Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, como recebedor de outra parte doa

Em depoimento à PF durante a investigação, o ex-senador Luiz Otávio admitiu que pediu doações aos empresários que construíram a usina de Belo Monte, mas negou ter recebido recursos via caixa dois. Segundo ele, os repasses foram por meio de doações oficiais.

Fonte: Folha, por Aguirre Talento