Redação

A Justiça de Ohio, nos Estados Unidos, determinou, na 6ª feira (22.jan.2021), que Donovan Crowl, membro da milícia armada de extrema-direita Oath Keepers, continue preso. Ele está detido provisoriamente desde 18 de janeiro.

Crowl foi o 1º acusado de conspiração na invasão do Capitólio, o Congresso norte-americano, em 6 de janeiro. O ato teve como objetivo barrar a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais.

Na denúncia (íntegra – 680 KB), Crowl e seus companheiros de milícia, Thomas Caldwell e Jessica Watkins, foram considerados os articuladores do protesto. De acordo com os investigadores, os 3 trocaram mensagens para organizar a invasão.

Na decisão, a juíza Sharon Ovington afirmou que a gravidade das acusações justificam que Crowl permaneça preso enquanto aguarda a sentença.

[Crowl] conspirou com outros antecipadamente para invadir à força o Capitólio dos Estados Unidos a fim de obstruir um processo oficial. [Ele foi] visto em um vídeo dizendo: ‘Nós invadimos o Capitólio’. Seu histórico criminal inclui álcool e crimes relacionados à violência. Ele também demonstrou não conformidade com a supervisão de ordem judicial”, afirmou Ovington.

A defesa do extremista tentou reverter a determinação com a alegação de que ele sofre de câncer de pele. Na cadeia, segundo os seus advogados, não conseguiria fazer o tratamento de maneira adequada. Outro argumento apresentado pelos defensores do extremista é que, como veterano da Guerra do Golfo, merece confiança da Justiça.

Mais de 90 pessoas foram presas nos Estados Unidos pela invasão ao Capitólio. As prisões foram feitas após o FBI, polícia federal norte-americana, pedir publicamente ajuda para identificar os participantes dos atos que foram fotografados dentro da sede do Congresso. Dezenas de manifestantes respondem a processos em diferentes instâncias da Justiça norte-americana.


Fonte: Poder360