Redação

A Secretaria afirmou que quando o vereador chegou na unidade não havia pacientes na sala de espera e o médico poderia ser acionado a qualquer momento.

O vereador e ex-PM bolsonarista Gabriel Monteiro (PSD-RJ) invadiu armado UPA de Magalhães Bastos, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira (12), ameaçou e acordou médicos que estavam na sua hora de folga.

Ministério Público investiga se o vereador cometeu abuso de autoridade por várias visitas semelhantes.

Dois médicos estavam de plantão na unidade quando o vereador, que estava acompanhado de sua equipe, invadiu a unidade. Um deles disse que o vereador e seus seguranças estavam armados, e que ameaçaram os profissionais.

“Eu fui tirar a minha hora de descanso quando fomos abordados, batendo, batendo na cama, no quarto dos enfermeiros, com uma total falta de respeito. Nunca imaginei que ia ser acordado por pessoas armadas do meu lado”, contou o médico, que não quis ser identificado, por telefone.

O médico disse ainda que vai levar o caso para o Conselho Regional de Medicina.

Não foi a primeira vez

Esta não foi a primeira vez. Com a justificativa de fiscalizar o poder público, Gabriel Monteiro passou a se utilizar do mandato para invadir unidades públicas de saúde. Uma delas foi a Coordenação de Emergência Regional do Leblon, na Zona Sul.

No dia 26 de março, Gabriel invadiu a unidade sem autorização da direção, entrou na área específica para internados com Covid-19 e utilizou equipamentos sem higienização, como o celular, acompanhado de assessores.

Em um ofício do Conselho Regional De Medicina enviado à Câmara, os profissionais da CER Leblon afirmaram que o vereador entrou em uma unidade destinada a pacientes com covid-19, com 20 pacientes em ventilação mecânica, dependendo de altíssimo cuidado e vigilância, sem respeitar normas sanitárias.

Ele esteve também no hospital Albert Schweitzer, em Realengo, administrado pela Organização Social Cruz Vermelha, no dia 7 de abril.

O vereador Gabriel Monteiro disse que não houve ameaça e nem constrangimento a nenhum profissional da UPA, e afirmou que recebeu várias denúncias sobre profissionais dormindo durante o serviço na unidade.

Secretaria Municipal de Saúde afirmou que quando o vereador chegou na unidade, não havia pacientes pra serem atendidos na sala de espera, e que o médico estava no seu horário de descanso, podendo ser acionado a qualquer momento, caso algum paciente desse entrada na UPA. (Com informações do G1)

Fonte: Revista Fórum


Tribuna recomenda!