Redação

Federação Nacional dos Frentistas estima perda de 500 mil empregos.

Sindicatos de frentistas que têm se articulado para impedir a tentativa de colocar bombas de autoatendimento nos postos de combustíveis procuraram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do assunto.

A proposta de automatizar a operação foi apresentada novamente pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), agora em uma emenda à Medida Provisória que antecipa as mudanças no comércio varejista de combustíveis. Desta vez, Kataguiri sugere uma transição de cinco anos para que os postos ofereçam total ou parcialmente o serviço de autoatendimento.

Uma das propostas de emendas à Medida Provisória que muda regras da venda de combustíveis prevê a automatização do atendimento nos postos. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“Nós não queremos transição. Defendemos a existência da lei que proíbe essa prática, porque os postos não são restaurantes ou lanchonetes. É um ambiente que requer treinamento”, afirma Eusébio Neto, presidente da Fenepospetro (Federação Nacional dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo).

Ele diz que os sindicalistas estão confiantes na compreensão de Lira e acreditam que a proposta não será levada adiante na Câmara. “Sabemos que a política é muito dinâmica, então não vamos baixar a guarda”, afirma o principal dirigente da categoria. ​

Em função das boas práticas sindicais, Eusébio Luis Pinto Neto recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ. (Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre)

Pelos cálculos da categoria, a implementação do autoatendimento ameaçaria o emprego de 500 mil trabalhadores, piorando o desemprego no país. Segundo Eusébio Neto, a ideia agora é tentar um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. (Informações Folhapress e Fenepospetro)


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