Redação –
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse ao Poder360 que a decisão da Prefeitura de São Paulo e do governo estadual de antecipar feriados para diminuir o isolamento é 1 equívoco. Segundo ele, a medida causa confusão para as empresas e pessoas, sem reduzir riscos.
“De repente se cria 1 feriadão de 1 dia para o outro que atordoa e atrapalha todo mundo”, afirmou Skaf. “Minha recomendação é que se tenha mais serenidade, mais responsabilidade nas decisões”.
O presidente da Fiesp concedeu entrevista nesta 3ª feira (19.mai.2020) ao canal do Poder360 no YouTube. A videoconferência foi transmitida ao vivo. Assista abaixo na íntegra.
Skaf afirmou que a decisão de retomada deve ser de prefeitos, não de governos estaduais. “A realidade de cada cidade é diferente”.
Segundo Skaf, há cidades no interior paulista com apenas 5% dos leitos de UTI ocupados. Na capital, afirmou, o governo do Estado e a Prefeitura deveriam contratar leitos do setor privado, no qual ele afirma existir sobra.
Para o empresário, o poder público não usou de todas as soluções disponíveis antes de estabelecer as medidas de isolamento social. Skaf critica essa abordagem e afirma que o que chama de “caminho de parar tudo” é prejudicial à população.
“Que existam decisões que sejam embasadas em dados técnicos verdadeiros. E que se esgote primeiro todas as possibilidades para falar depois que o problema existe. Eu não penso que… Se a preocupação for UTIs na capital, a gente tem UTIs de hospitais privados, UTIs próximas à cidade de São Paulo em hospitais públicos e privados. Eu não penso que as providências estão todas tomadas. E, no entanto, vai-se pelo caminho de parar tudo e parar mais e ninguém se mexe”, diz Skaf. “Isso não significa proteger as pessoas, não. Porque a fome, o desemprego, não é proteger ninguém”.
Questionado se a atividade mais setores não seria 1 problema por colocar mais gente na rua, Skaf questiona: “Se o metro é problema do governo do Estado, se o ônibus é prefeitura, é por incompetência do poder público que vamos deixar tudo parado?”.
O PLANO DA FIESP
A federação chegou a fazer 1 plano para o afrouxamento da quarentena em 42 dias. O cronograma estabelece o retorno das atividades de acordo com seu “grau de essencialidade” e propõe que setores passem a funcionar em horários alternados para diminuir a chance de contágio. Leia abaixo.
Fonte: Poder360
MAZOLA
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